Os Estados Unidos esperam que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ajude a convencer o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, a realizar eleições livres e transparentes em seu país. É o que afirma a subsecretária de Estado para Assuntos Políticos do país norte-americano, Victoria Nuland.
Nuland fez a declaração durante uma visita a Brasília na última quinta-feira (20). Ela disse que os EUA estão preocupados com a situação política e econômica na Venezuela e que o país está em uma “espiral descendente”.
Nuland afirmou que os EUA estão trabalhando com seus parceiros internacionais para pressionar Maduro a permitir eleições livres e justas. Ela também disse que os EUA esperam que Lula use sua influência sobre Maduro para ajudar a alcançar esse objetivo.
Lula tem sido um crítico de Maduro e tem apoiado os esforços para pressionar o governo venezuelano a realizar eleições livres. Ele também tem se reunido com Maduro em várias ocasiões, mas não conseguiu convencê-lo a realizar eleições livres.
A declaração de Nuland é um sinal de que os EUA estão intensificando seus esforços para pressionar Maduro a permitir eleições livres na Venezuela. Os EUA esperam que Lula use sua influência sobre Maduro para ajudar a alcançar esse objetivo.
“A liderança do Brasil, e particularmente sua habilidade [diplomática], esperamos que influencie Maduro para realmente permitir um campo livre e justo para essas eleições, para garantir que todos os candidatos possam concorrer, que haja livre acesso à mídia, que as primárias estão abertas, todos esses tipos de coisas”, disse Nuland em entrevista ao jornal O Globo publicada nesta 6ª feira (21.jul.2023).
Ela desconversou quando perguntada sobre as declarações recentes de Lula sobre a Venezuela. “O importante é que os EUA e o Brasil estejam alinhados na pressão por uma eleição livre e justa”, disse, completando que uma boa relação com o país de Maduro ajuda a todo o hemisfério. Recentemente, Lula chamou por duas vezes as críticas à Venezuela de “narrativa” e disse que o conceito de democracia é relativo. Nicolás Maduro comanda um regime autocrático e sem garantias de liberdades fundamentais. Mantém, por exemplo, pessoas presas pelo que considera “crimes políticos”.
De Poder360.
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