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Projeto de uso da fibra do curauá e plataforma de introdução de novos materiais sustentáveis na indústria

O Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA) e o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) desenvolvem o projeto Curauá e recentemente promoveram lançamento do GT Floratex, plataforma inovadora de desenvolvimento e introdução de novas fibras naturais e materiais sustentáveis na indústria brasileira a fim de contribuir com sua transição para uma economia circular e verde.

O projeto Curauá tem como objetivo o desenvolvimento de novos materiais a partir da fibra do curauá, com foco no mercado têxtil e de moda. O projeto é parte da tese de doutorado da pesquisadora Rayana Santiago de Queiroz, do Laboratório de Química e Manufaturados do IPT e, além da colaboração do CBA, também conta com o apoio da Universidade de São Paulo e do Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil – SENAI CETIQT.

O projeto está em fase final, explica a pesquisadora: “Já desenvolvemos alguns protótipos e estamos em fase de avaliação dos mesmos. Do ponto de vista da aplicação têxtil, o maior desafio deste projeto é beneficiar a fibra de modo que ela esteja apta para o processo de fiação, obtendo-se um fio de qualidade e características exclusivas”.

O curauá é uma bromélia amazônica, mais concentrada na Região Norte do Brasil e em países como Peru, Equador, Colômbia, Venezuela e Guiana Francesa. Especialmente pela sua resistência mecânica, é uma fibra de grande potencial que não demanda solos com alta fertilidade e tem sido amplamente estudada no Brasil em várias aplicações – uma das principais é na produção de materiais compósitos. Porém, no que diz respeito à aplicação na produção têxtil, especialmente em vestuário, esse projeto é praticamente inédito no Brasil.

“Pretendemos proteger a tecnologia por meio de patente e já podemos afirmar, a partir dos resultados preliminares, que há um grande potencial de aplicação da fibra na produção de fios e tecidos, sendo uma alternativa a outras matérias primas (fibras) de maior impacto ambiental”, completa Queiroz.