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Amazonas é o 2º no ranking de desmatamento em biomas brasileiros em 2022, diz MapBiomas

O Amazonas aparece em segundo lugar na lista de estados que mais desmataram a Amazônia em 2022. Os dados são do Relatório Anual de Desmatamento (RAD 2022) do MapBiomas , divulgado nesta segunda-feira (12).

No levantamento, o Amazonas desmatou 13,33%, o que equivale a 274 hectares de área de floresta. A área desmatada no estado cresceu 37% em relação a 2021, levando o estado a superar o Mato Grosso pelo segundo ano seguido, conforme o órgão.

O Pará lidera o ranking, sozinho o estado desmatou 22,2% da área. Já em terceiro lugar ficou o estado do Mato Grosso, com 11,62% da área desmatada (239.144 ha), seguido da Bahia, com 10,94% (225.151 ha).

Já em relação aos municípios, Lábrea, no Sul do estado, consolidou 62.419 ha desmatados, superando a área desmatada do município de Altamira, no Pará, campeão de área desmatada nos últimos três relatórios.

Amazônia e Cerrado lideram desmatamento

A área desmatada no Brasil cresceu 22,3% em 2022, segundo o relatório do MapBiomas. Foram identificados, validados e refinados 76.193 alertas, que totalizaram 2.057.251 hectares de desmatamento no ano passado.

Em quatro anos (2019 a 2022), desde que o RAD foi implementado, foram reportados mais de 303 mil eventos de desmatamento totalizando 6,6 milhões de hectares, o que equivale a uma vez e meia a área do estado do Rio de Janeiro.

A Amazônia e o Cerrado juntos respondem por 70,4% dos alertas e 90,1% da área desmatada em 2022. Embora o Cerrado tenha uma participação de apenas 8,3% no número total de alertas, a área total desmatada representa quase um terço da vegetação natural suprimida no país (32,1%) no ano passado devido ao tamanho dos alertas.

Houve incremento na área desmatada em cinco dos seis biomas brasileiros entre 2021 e 2022, com exceção da Mata Atlântica. Em termos de área, os maiores aumentos ocorreram na Amazônia (incremento de 190.433 ha) e no Cerrado (incremento de 156.871 ha). Em termos proporcionais, os maiores aumentos ocorreram no Cerrado (31,2%) e no Pampa (27,2%).

Observatório Manaus.