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Presidente ucraniano Zelensky alerta para o colapso da barragem como uma ameaça ambiental catastrófica

Imagens mostram alagamento em áreas à margem do rio Dnipro após o rompimento de barragem Vladyslav Kupreev/Suspilne Ukraine/JSC "UA:PBC"/Global Images Ukraine via Getty Images

O colapso da barragem de Nova Kakhovka, no sul da Ucrânia, desencadeou preocupações de uma catástrofe ambiental iminente. Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, descreveu a situação como uma ameaça ambiental de proporções devastadoras.

Nesta quarta-feira (7), os níveis de água continuarão a aumentar após a destruição da barragem e da usina hidrelétrica ocupada pela Rússia na terça-feira (6). O incidente representa uma ameaça ao abastecimento vital de água, à medida que as inundações atingem vilas, cidades e áreas agrícolas. Mais de 1.400 pessoas foram obrigadas a abandonar suas residências.

Zelensky afirmou que a Rússia carrega uma “responsabilidade criminosa” e que promotores ucranianos estão investigando o colapso da barragem como um caso de “ecocídio”.

“Os efeitos dessa tragédia se tornarão evidentes em uma semana.

As preocupações agora se concentram nos perigos enfrentados pela vida selvagem, propriedades rurais, comunidades locais e no abastecimento de água, diante das enchentes e da possível contaminação por produtos químicos industriais e derramamento de óleo da usina hidrelétrica no rio Dnipro.

Zelensky enfatizou que o colapso da barragem deixou “centenas de milhares de pessoas sem acesso adequado à água potável”.

Em um comunicado publicado no Telegram, o presidente declarou que, antes da invasão russa à Ucrânia, ambas as margens do rio Dnipro abrigaram “pelo menos 100.000 pessoas”, mas esse número foi para “dezenas de milhares” desde o início da guerra.

O colapso da barragem já resultou em mais evacuações na região de Kherson, ocupadas pelos russos.

Em um comunicado também divulgado no Telegram, Oleksandr Prokudin, chefe da administração militar regional de Kherson, informou que mais de 1.400 pessoas foram evacuadas em toda a região, enquanto mais de 1.800 casas às margens oeste do rio Dnipro foram inundadas.

Essa situação ocorre após o prefeito de Kherson, instalado pela Rússia, relatar sete pessoas desaparecidas, enquanto as tropas ucranianas afirmam ter testemunhado soldados russos sendo arrastados pelas enchentes.