O presidente dos Estados Unidos Joe Biden anunciou, na manhã desta quinta-feira (20), a intenção de contribuir com US$ 500 milhões – equivalentes a R$ 2,5 bilhões – para o Fundo Amazônia para os próximos cinco anos. Ele ainda precisa da aprovação do Congresso para a liberação dos recursos.
O anúncio foi feito durante uma reunião do Fórum das Grandes Economias sobre Energia e Clima (MEF, na sigla em inglês), formado por 26 países, incluindo o Brasil. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também esteve presente no encontro virtual.
Também estiveram presentes virtualmente os presidentes de Egito, México, Comissão Europeia, Argentina, Turquia, Emirados Árabes Unidos (EAU), Indonésia e Coreia do Sul, os premiês de Austrália, Canadá, Alemanha, Reino Unido e Japão, além de autoridades da ONU, China, Índia, França, Itália e Arábia Saudita.
Biden também convocou outras lideranças para que apoiem o Fundo Amazônia. “O objetivo de limitar o aquecimento global a 1,5ºC pode ficar ao nosso alcance. Mas vai depender de todos nós – não apenas um de nós. Não alguns de nós”, disse.
O presidente americano também anunciou uma intenção de contribuir com US$ 1 bilhão – equivalente a R$ 5 bilhões – para o Fundo Verde para o Clima (GCF, na sigla em inglês), fundo estabelecido na COP16 para combate às mudanças climáticas.
“O Fundo presta especial atenção às necessidades de sociedades altamente vulneráveis aos efeitos das mudanças climáticas, em particular os países menos desenvolvidos (PMD), os pequenos Estados insulares em desenvolvimento (SIDS) e os países africanos”, explica a ONU.
Também foi feito o anúncio de que a US Development Finance Corporation está trabalhando em um investimento de dívida de US$ 50 milhões na Estratégia de Restauração do BTG Pactual, que ajudaria a mobilizar US$ 1 bilhão para apoiar a restauração de quase 300.000 hectares de terras degradadas no Brasil, Uruguai e Chile.
Durante uma visita a Brasília em fevereiro deste ano, o enviado climático americano, John Kerry, afirmou o compromisso dos Estados Unidos em trabalhar com o programa.
“Estamos comprometidos em trabalhar com o Fundo Amazônia, com outras entidades também. Temos o compromisso de trabalhar bilateralmente na área de desenvolvimento e pesquisa, ciência, novos produtos e possibilidades”, pontuou Kerry.
“Há muitas questões em jogo e riscos para a Amazônia, mas a verdade é que a floresta é fundamental e muito importante para a capacidade do mundo para atender aos objetivos mundiais [quanto ao clima]”, complementou o enviado especial, que também a classificou como “o teste para a nossa humanidade em muitas formas”.
Ainda de acordo com Kerry, a proteção da floresta também é essencial para que seja possível atingir o objetivo do Acordo de Paris de manter o aquecimento global abaixo de 1,5°C — o que muitos especialistas colocam em cheque que seja possível se não forem adotadas medidas mais drásticas pelos governos.
De CNN Brasil.
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