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Parlamentares apontam ao Ibama os problemas dos produtores do Sul do Amazonas

Os problemas enfrentados pelos produtores rurais de municípios do sul do Amazonas colocaram na mesma mesa de discussão o ministro interino do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, os senadores pelo Amazonas, Omar Aziz (PSD) e Plínio Valério (PSDB), e os deputados federais Capitão Alberto Neto (PL), Sidney Leite (PSD) e Silas Câmara (Republicanos), nesta quarta-feira (12).

Problemas para retirada

O debate, que também incluiu representantes das bancadas do Acre e de Rondônia, girou em torno da operação de notificação e retirada de fazendeiros e madeireiras irregulares da região embargada no combate ao desmatamento. Um dos problemas apresentados pelos congressistas nortistas é o prazo de apenas cinco dias para retirada de gado e equipamento, por exemplo. Outro problema, é que se os animais não forem retirados, serão apreendidos pelo Ibama – para posterior doação a entidades filantrópicas. Fazendeiros de Humaitá, Lábrea, Manicoré, Apuí e Canutama, por exemplo, têm cerca de 500 mil animais nessa situação.

Pequenos produtores

O senador Omar Aziz falou com o ÚNICO na saída da reunião, que demorou mais de três horas. Ele destacou que muitos dos produtores irregulares são pequenos pecuaristas que acabam fazendo de forma ilegal por conta da burocracia e da falta de regularização fundiária. “Enquanto não houver regularização fundiária, você não tem como controlar, nem de quem cobrar. Eles (Ibama e MMA) têm uma proposta sobre regularização fundiária, que não vai ser executada do dia pra noite. Eu coloquei claro pra eles que isso já foi proposto em outros governos e não aconteceu na Amazônia. E o resultado disso está aí, hoje”, criticou Omar Aziz. A reunião não foi conclusiva e o Ibama continua executando a operação de retirada.

Serrarias e pecuária

Na reunião, o Ibama mostrou aos parlamentares que os maiores problemas no Acre e Rondônia são as serrarias. Segundo o órgão ambiental, cada estado tem pelo menos 900 dessas empresas e que apenas três estão irregulares. Já no Amazonas, o problema maior é o avanço da pecuária, com a abertura de imensos clarões na floresta para plantio de pasto para o gado.

Com informações do Portal ÚNICO.