As audiências no julgamento do assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips foram retomadas e estão sendo realizadas no Amazonas, no Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que espera concluir a oitiva de quatro testemunhas. Esta é a terceira vez que as audiências são marcadas para ocorrer. Originalmente estavam programadas para janeiro deste ano, mas foram adiadas para março. No dia 22 de março, o juiz federal Fabiano Verli argumentou que, por conta dos “problemas de internet, por parte dos presídios federais” a audiência seria transferida para para 24 de março e, depois, para 11 de abril.
Os acusados
São julgados os três acusados de envolvimento no caso: Amarildo da Costa de Oliveira, Osney da Costa de Oliveira e Jefferson da Silva Lima. Amarildo era conhecido como “Pelado”, enquanto Oseney era apelidado de “Dos Santos” e Jefferson como “Pelado da Dinha”.
Os três estão presos e se tornaram réus na justiça em 22 de julho de 2022, pelos crimes de duplo homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Os homens foram
Sobre o caso
O indigenista Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips desapareceram em junho de 2022, na região do Vale do Javari, no Amazonas. Após dias de buscas, os corpos foram encontrados no dia 15 de junho e depois identificados, nos dias 17 e 18. De acordo com a perícia realizada, Bruno e Dom foram assassinados com armas de caça. Após as reconstituições e investigações do caso, a Polícia Federal afirmou que o traficante Rubens Villar, conhecido como “Colômbia”, foi o mandante dos assassinatos.
Motivo fútil
“Com vontade e consciência dos fatos, mataram, por motivo fútil, mediante emboscada e recurso que dificultou a defesa do ofendido”, consta da denúncia. Ainda segundo o documento, Bruno Pereira teria abordado Amarildo, o “Pelado”, por pesca ilegal dentro de território indígena. “Os elementos colhidos no curso das apurações apontam que, de fato, o homicídio de Bruno teria correlação com suas atividades em defesa da coletividade indígena. Dominic, por sua vez, foi executado para garantir a ocultação e impunidade do crime cometido contra Bruno”, escreveu Ministério Público.
Com informações do Portal ÚNICO.
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