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Mercado de franchising permanece aquecido no Brasil

Especialista afirma que o setor de franquias é um investimento de baixo risco para quem quer empreender

O setor de franchising tem passado por grande crescimento no Brasil e tem se destacado entre os investimentos com menor risco para quem deseja abrir seu próprio negócio. De acordo com um levantamento feito pela ABF (Associação Brasileira de Franchising) em parceria com a BR Insights, no segundo trimestre de 2022 o faturamento foi 16,8% maior que o mesmo período em 2021. Já o terceiro trimestre registrou uma receita 18,7% maior.

Segundo dados da ABF, o faturamento do setor saltou de R$ 47,385 bilhões para R$ 56,256 bilhões no período de julho a setembro do ano passado. Enquanto o rendimento em 2021 era de R$ 182,381 bilhões, até o terceiro trimestre de 2022, a receita chegava a R$ 204,351 bilhões. A pesquisa também mostra que, em relação à abertura de franquias, o índice registrou 5,6% no terceiro trimestre contra 1,8% de fechamento, somando um saldo positivo de 3,8%.

O segundo melhor desempenho por segmento é no setor alimentício, onde houve uma alta de 31%. O sócio-diretor da franquia Sucão – Cozinha Saudável, Henrique Soré, acredita que existem três principais fatores para o mercado se manter constantemente aquecido nos últimos anos. Soré destaca como o primeiro ponto o espírito empreendedor natural do brasileiro. “Temos em nossa cultura o desejo de criar, de produzir e de fazer acontecer”, aponta.

Segundo o especialista, o segundo fator são as dificuldades do ambiente nacional, que aumentaram com a crise pandêmica, justamente para quem busca o sonho do próprio negócio. “Temos insegurança jurídica, muitas oscilações e instabilidades econômicas. E é por isso que a busca por um negócio já testado e aprovado (em teoria) aumentou muito”, afirma.

Por fim, Henrique ressalta o forte número de pessoas insatisfeitas com os empregos atuais. “A própria pandemia parece ter alterado algumas percepções e aumentado o número de burnouts, deixando as pessoas mais ansiosas e descontentes com sua realidade, e assim, aguçando nelas a vontade de empreender”, enfatiza, acrescentando que, com isso, houve um boom no mercado de franquias e que deverá haver uma estabilização, sendo destacadas as redes que possuem consistência e boa entrega de valor.

Para Soré, uma franquia de sucesso já teve seu modelo de negócio testado ao longo do tempo e em diferentes praças. O especialista destaca ainda a diferença entre um bom modelo de negócio e um bom negócio local. 

“Enquanto o primeiro implica em uma operação muito bem testada e validada, capaz de conseguir ter grande capilaridade mercadológica, o bom negócio local é algo que pode ter um grande sucesso onde ele já existe, mas não necessariamente possui uma estrutura de boa replicação”, disse, ressaltando que isso não necessariamente é algo negativo, basta conseguir entender a vocação do negócio.

“Logo, uma franquia (em teoria) possui todas as condições de replicar o sucesso já obtido ao longo dos anos em outros locais e com novos(as) parceiros(as) franqueados(as), dando sempre um ótimo suporte em todas as etapas para que isto aconteça de maneira bastante fluida”, salienta Soré.

O sócio-diretor reforça a importância de conseguir analisar bem o respaldo e credibilidade que uma rede de franquias pode vir a oferecer. “O boom recente que temos observado traz muitas promessas que às vezes não se cumprirão. Não há fórmula mágica”, diz. “Pesquise, avalie a história, consistência e as premiações/respaldos de uma franqueadora, para conseguir entender e avaliar qual tipo de apoio, eficiência e resultado você pode esperar”, finaliza.