A falta do nome definitivo de superintendente da autarquia começa a gerar preocupações entre os representantes da indústria
Já se passaram quase dois meses de Governo Lula, o Carnaval passou e o ano, enfim, começou para a economia, no entanto, até o momento a titularidade da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) segue indefinido. O cenário é de um jogo de dança das cadeiras e uma guerra político-partidária pelo comando da autarquia e tal indefinição começa a gerar preocupações entre as lideranças da indústria amazonense.
O ano da Suframa começou a economista de Ana Maria Oliveira de Souza, que foi substituída há duas semanas pelo economista Marcelo Souza Pereira, ambos servidores da autarquia. Em paralelo, na esteira da rearrumação da casa, dois nomes seguem a disputa política pela cadeira de superintendente: os ex-deputados Bosco Saraiva (Solidariedade) e José Ricardo Wendling (PT).
Apesar de estar com o nome cotado, pelos bastidores, entre os favoritos para assumir o posto, Bosco Saraiva disse ao Portal do Amazonas que até o momento não foi convidado oficialmente para ocupar nenhum cargo público, em nenhuma das três esferas de poder público.
Enquanto isso, José Ricardo disse que afirma que recebeu apoio do Partido dos Trabalhadores, no Amazonas, e em Brasília. Mas, que apesar disso, deve aguardar por decisão do ministro Alexandre Padilha para iniciar o planejamento.
“Desde o ano passado venho recebendo apoio do PT, inclusive, o meu nome foi indicado por causa deles. Mesmo com o interesse da bancada do Amazonas, e de receber apoio de reitores de Instituições Federais, eu diria que, quatro ou cinco partidos também devem ser indicados para disputar o cargo. Agora, se o meu nome vai ser nomeado ou não é algo que devemos aguardar”, disse o petista.
Expectativa da indústria
Para o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Antonio Silva, as expectativas sobre o novo nome da Suframa são positivas, mas pondera ao dizer que deve ser alguém que conheça as dificuldades e as necessidades do setor no Estado.
Enquanto o nome definitivo não é escolhido pelo Governo Lula, ele avalia que no momento, o superintendente interino, Marcelo Pereira é um nome técnico e oriundo da casa, que conhece as necessidades urgentes da autarquia. “Embora tenha as limitações que a interinidade impõe à situação, o mais importante é que temos alguém formalmente respondendo pela Suframa”, avalia.
O ex-presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (CIEAM), o economista e empresário Wilson Périco, também fez clara referência à Marcelo Souza, enquanto o nome político não é definido.
“Marcelo é um servidor de carreira e grande conhecedor, tanto do modelo ZFM quanto dos detalhes internos da Suframa. Independente de quanto tempo ele estiver na superintendência, tem nosso apoio, na certeza que realizará um grande trabalho”, afirmou.
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