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Trump e Kamala abordam queda da inflação, mas especialistas alertam para riscos nas propostas

A  inflação está lentamente retornando ao que é considerado um ritmo mais sustentável nos Estados Unidos, mas para muitos norte-americanos é difícil se consolar: o pico de preços pós-pandemia aumentou drasticamente o custo de vida.

Tanto a vice-presidente do país, Kamala Harris, quanto o ex-presidente Donald Trump prometeram reduzir esses custos.

Mas alguns economistas alertam que os objetivos dos candidatos — incluindo uma política econômica inicial definida na sexta-feira (16) por Harris e as declarações relacionadas à economia feitas nos últimos meses por Trump — podem elevar os preços e, no caso deste último, possivelmente muito mais.

Os planos de ambos os candidatos provavelmente aumentariam o déficit e a demanda, inclusive por meio de gastos do governo e do aperto do mercado de trabalho, disse Joe Brusuelas, economista-chefe da RSM US.

Mas o plano de Trump, ou o que ele divulgou até agora, apresenta mais riscos, disse Brusuelas. “Tanto a inflação quanto o risco de inflação permanentemente mais alta são maiores com a proposta de Trump.”

Afundando no vermelho

A análise do Comitê para Orçamento Federal Responsável (CRFB) sobre a “Agenda para Reduzir Custos para Famílias Americanas” de Harris descobriu que suas políticas propostas poderiam aumentar os déficits em US$ 1,7 trilhão ao longo de uma década – e poderiam crescer para US$ 2 trilhões se as políticas de moradia fossem tornadas permanentes).

A maior parte desses custos, estimados em US$ 1,2 trilhão, vem da expansão proposta por Harris do Child Tax Credit.

“Para onde estamos olhando agora, acho que é provável que ambas as campanhas estejam no vermelho [fiscalmente] para suas propostas”, disse Marc Goldwein, vice-presidente sênior e diretor sênior de políticas do CRFB, à CNN.