Entre 1º e 13 de agosto, o Amazonas registrou 3.587 focos de queimadas, conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Isso representa um aumento de 193,5% em relação ao mesmo período do ano passado. O Sul do Estado concentra a maior parte das queimadas. Dos 62 municípios, 51 têm registros de focos. A cidade de Apuí lidera com 1.237 focos, responsável por 34,5% do total, seguida por Lábrea (491) e Novo Aripuanã (453). Manaus registrou oito focos nos primeiros 13 dias de agosto e, como outras cidades do estado, está coberta por uma nuvem de fumaça.
Temporada de Fumaça
Nesta terça-feira (13), Manaus enfrenta o quarto dia consecutivo de intensa fumaça. Segundo Joel Araújo, superintendente do Ibama no Amazonas, o movimento das massas de ar traz a fumaça para a região central do estado, afetando especialmente Manaus. “O ciclone extratropical no sul do Oceano Atlântico movimenta essa massa de ar, criando uma linha diagonal do sudeste do Brasil até o sul do Amazonas, levando a fumaça para Manaus. A Região Metropolitana também contribui para essa situação”, explicou ele.
Produção Rural
Joel Araújo enfatiza a necessidade de ações mais rigorosas junto aos produtores rurais do sul do Amazonas. “A pecuária ainda é muito antiquada. Isso precisa ser revisto e penalizado. O uso indevido do fogo é crime e deve ser fiscalizado”, afirmou. Ele também destacou que os incêndios deste ano estão ocorrendo em áreas já desmatadas, onde o fogo é utilizado para limpar pastos e consolidar áreas devastadas.
Adicionar comentário