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Saúde

Número de mortes cresce e Mal de Parkinson se torna um desafio de saúde pública

A Organização Mundial de Saúde (OMS) tem alertado que a doença de Parkinson se tornou um desafio de saúde pública por ser a desordem neurológica que mais causa incapacitação e mortes no mundo todo, nos últimos anos, e a segunda doença neurodegenerativa mais comum no mundo, atrás do Alzheimer. No dia 11 de abril, data estabelecida pela OMS em 1998, entidades se mobilizam para promover a conscientização sobre o Parkinson, a importância da pesquisa, o planejamento para melhorar a qualidade de vida dos pacientes e a prevenção da incapacitação da população na medida em que cresce a longevidade.

Incapacidade

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2019, a doença de Parkinson resultou na perda por incapacidade de 5,8 milhões de anos de vida, um aumento de 81% na comparação com o ano 2000, e causou 329 mortes mil em todo o mundo, com aumento de 100%, desde o ano 2000. No Brasil, estima-se que mais de 200 mil pessoas sejam acometidas pela doença.

Diagnóstico precoce

O neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Edson Issamu, explica que o diagnóstico precoce é fundamental e que os sintomas podem ser controlados nos primeiros anos da doença com medicação específica. “Infelizmente, a progressão da doença intensifica alguns sintomas como o tremor e a lentidão, podendo se tornar debilitante. Ao manifestar qualquer característica do Parkinson, procure um médico e investigue a condição. Com planejamento e cuidados, é possível viver com a doença e ter qualidade de vida”, comenta o Dr. Issamu.

O que é?

O Parkinson é uma condição degenerativa do cérebro, progressiva e sem cura, associada com sintomas motores (tremor, movimento lento, rigidez dos membros e desequilíbrio no andar) e uma variedade de complicações não motoras (sintomas neuropsiquiátricos e autonômicos, distúrbios de sono e vigília, dor e outros distúrbios sensoriais).
A progressão desses sintomas e complicações reduzem as funções e a qualidade de vida do paciente, o que resulta em altas taxas de incapacitação e necessidade de cuidados por outras pessoas. O principal fator de risco é o envelhecimento, embora jovens também possam ser afetados.

Prevenção

Segundo relatório da OMS, a predisposição genética é a principal causa de apenas um pequeno grupo de casos, com outros estudos apontando para fatores ambientais como poluição do ar, uso de pesticidas e solventes industriais.
As pesquisas indicam ainda que atividades físicas regulares, alimentação saudável e o consumo de cafeína contribuem para prevenir o surgimento do Parkinson.

Tratamento

Além dos medicamentos específicos, uma abordagem interdisciplinar irá ampliar os resultados com o avanço da doença, que incluirá atividades de fisioterapia, reabilitação e até cuidados paliativos. De acordo com o caso, fonoaudiólogos, psicólogos, fisioterapeutas e outros profissionais farão parte do time de acompanhamento e atendimento do paciente. Em situações avançadas, o tratamento poderá indicar estimulação cerebral profunda.

Com informações do Portal ÚNICO.