Visando reduzir casos e combater a dengue no Amazonas, a deputada estadual Dra. Mayara Pinheiro Reis (Republicanos) sugeriu a implantação do método Wolbachia como diretriz complementar no controle biológico do Aedes Aegypti. A medida, proposta no Projeto de Lei nº 105/2024, já foi introduzida em outros estados do país e demonstrou eficiência no resultado.
Wolbachia é um microrganismo intracelular presente em cerca de 50% dos insetos, menos no Aedes aegypti. O método Wolbachia consiste em liberar essa bactéria na natureza para que se reproduza com o Aedes aegypti, estabelecendo uma população nova com esses mosquitos incapazes de desenvolver e transmitir os vírus da dengue, zika, chikungunya e febre amarela.
A metodologia foi implantada 100% em Niterói, no ano passado, e apresentou uma redução de 75% dos casos das doenças na região.
“O Brasil vive uma intensa onda de dengue, houve um aumento de 315% nos casos este ano em relação a 2023. E na contramão deste cenário, temos Niterói que instituiu o método Wolbachia e até o momento só tem 30 casos suspeitos. Os esforços para controlar a dengue têm sido constantes, mas enfrentamos desafios significativos em relação à prevenção e controle do vetor. Por isso, estou fazendo esta propositura para colaborar com esse enfrentamento e possibilitar resultados mais exitosos na redução de casos de dengue no Amazonas”, explicou a parlamentar.
Segundo o Ministério da Saúde, foram registrados 688.461 casos suspeitos de dengue em todo o país. Já no Amazonas, a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS) contabiliza 11.422 casos suspeitos de arboviroses, destes sendo 1.915 para dengue.
O PL prevê o monitoramento, a identificação da circulação viral e acompanhamento da evolução em regiões do Amazonas; Ações intensificadas de prevenção e controle do vetor Aedes Aegypti nos diferentes depósitos urbanos; Fortalecer a implementação do método Wolbachia para aumentar a efetividade das ações e diminuir o tempo de resposta no combate ao Aedes aegypti, minimizando dificuldades decorrentes de sazonalidade e riscos de pandemia.
O governo estadual estará autorizado a firmar convênios e contratos com órgãos, entidades e instituições públicas ou privadas, inclusive do terceiro setor, universidades e empresas, para implantação do método.
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