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Setor de bebidas deve aumentar faturamento em R$ 1 bilhão

Neste verão, o segmento de bebidas deve crescer 5%, de acordo com relatório da Kantar, seguindo uma tendência de alta dos anos anteriores. No caso específico de vinhos, o consumo também tem aumentado no Brasil e vem acompanhado de novas práticas de mercado, explica sommelier

Festas, férias, calor, Carnaval. Os meses de verão devem aquecer o mercado de bebidas no Brasil. A empresa de pesquisa Kantar estima um aumento do faturamento do setor em R$ 1 bilhão na temporada que vai do fim de 2023 aos primeiros meses de 2024, levando a um crescimento de 5% no setor. 

Os números já vêm se ampliando desde os verões passados. Considerando o consumo fora do ambiente doméstico, os principais públicos que compõem os dados coletados são os jovens entre 18 e 29 anos (aumento de 41%) e as pessoas pertencentes às classes A, B e C (aumento de 15%). A Kantar cita ainda a melhoria da situação econômica no país como um ponto favorável e destaca a forte tendência de compras no e-commerce. 

“Vale ressaltar que o mercado de bebidas é bastante relevante no e-commerce, onde 2 milhões de lares compraram as categorias no último verão [entre 2022 e 2023], com alta de 4% na comparação com a temporada 2021/2022”, afirma a pesquisa da empresa.

Para o sommelier Brunno Magnavita, fundador da empresa Elite Vinho, os números demonstram que há espaço para a ampliação da oferta de produtos neste segmento do mercado brasileiro. “Esse cenário é uma oportunidade para as empresas reforçarem sua presença, apostando na diversificação do portfólio e na sustentabilidade das operações. A estimativa de R$ 1 bilhão em crescimento demonstra o potencial latente do setor de bebidas no Brasil”, analisa Magnavita.

Consumo de vinhos também cresce

Especialidade de Magnavita, os vinhos têm um crescimento que chama a atenção no ramo das bebidas. Dado da consultoria Wine Intelligence indica que o número de consumidores de vinho no Brasil mais do que dobrou entre 2010 e 2021. Cerca de 36% dos adultos brasileiros têm o hábito de consumir o produto, um padrão semelhante ao dos Estados Unidos.

Na análise de Magnavita, o setor está passando por uma evolução significativa. “A inovação em embalagens e métodos de venda, como o próprio e-commerce e os clubes de assinatura de vinhos, deverá desempenhar um papel fundamental no acesso e na conveniência para os consumidores”, acredita.

O sommelier compartilha algumas das estratégias de negócio que coloca em prática e que considera essenciais para as empresas da área. “É importante destacar o papel da educação e da cultura do vinho na expansão do mercado. Por meio de eventos, degustações e conteúdo educativo, desmistificamos o vinho, tornando-o acessível a um público mais amplo”, afirma Magnavita.

Ele acrescenta que “ao educar os consumidores, podemos cultivar uma apreciação mais profunda pelos vinhos, incentivando escolhas mais conscientes e, por sua vez, fomentando um setor mais robusto e diversificado”.

Outra tendência apontada pelo especialista é o aumento da demanda por vinhos premium e sustentáveis. Segundo ele, os clientes, além de buscar qualidade e sabor, também exigem responsabilidade ambiental e social das marcas que escolhem.

“Nesse contexto, esperamos que o segmento de vinho acompanhe ou até supere a tendência de crescimento geral das bebidas”, conclui Magnavita, fazendo referência aos dados da Kantar. 

Para saber mais, basta acessar: http://www.elitevinho.com.br.