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Pagamento por aproximação completa 15 anos no Brasil

Na faixa etária de 18 a 24 anos, 77% das pessoas dão preferência ao pagamento por aproximação, visto como vantajoso por sua rapidez e comodidade. Especialista explica que a tecnologia representa uma evolução significativa no mundo dos negócios

Chegou a hora de pagar a conta do restaurante. Ao invés de digitar a senha, o cliente apenas aproxima o cartão da tela da máquina e a operação é feita na mesma hora. Há 15 anos, o Brasil começava a adotar, ainda que de forma incipiente, a tecnologia que hoje é rotina para milhões de pessoas: o pagamento por aproximação.

De 2008 para 2023, esse método foi sendo aprimorado, popularizando e, atualmente, tornou-se a opção favorita dos brasileiros, segundo pesquisa feita pelo Instituto Datafolha a pedido da Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços). Entre os consumidores entrevistados, 54% disseram que fazem pagamentos por aproximação no dia a dia. A faixa etária que mais aderiu à tecnologia foi de 18 a 24 anos (77% pagam dessa forma), seguida pelos adultos de 25 a 34 anos (67%).

O principal benefício do pagamento por aproximação, segundo 88% dos entrevistados, é a comodidade e rapidez. Ou seja, a facilidade em poder pagar sem inserir o cartão na máquina, evitando, inclusive, problemas com esquecimento de senhas.

Vantagens para as empresas

Os novos métodos de pagamento representam uma evolução significativa no mundo dos negócios, explica Anderson Pinheiro, especialista em infraestrutura de TI (tecnologia da informação). Ele lembra a existência de outras modalidades que também ganham espaço entre os consumidores.

“A introdução de carteiras digitais, pagamentos por aproximação e outros métodos, reflete a busca por conveniência e agilidade nas transações financeiras”, diz Pinheiro. O especialista afirma que todas as empresas, incluindo as pequenas e médias, podem aproveitar as vantagens das novas tecnologias.

Entre os benefícios citados, estão a possibilidade de atender a preferência dos clientes (que podem decidir entre mais de uma opção de pagamento), a automação de processos financeiros, sistemas integrados conectando vendas, estoque e finanças, a implementação de checkouts (etapa final da venda) velozes e de fácil interação.

“Essa transformação, embora positiva em vários aspectos, também apresenta desafios. A segurança dos dados dos usuários torna-se uma prioridade, exigindo medidas robustas para prevenção de fraudes e proteção à privacidade”, ressalta Pinheiro.

A recomendação do especialista é que os negócios invistam em soluções de segurança para proteger as informações dos clientes, levando sempre em conta a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais) e outras regulamentações.

Ao fazer isso e adotar estratégias eficientes de marketing, tecnologia e gestão do negócio, “as pequenas e médias empresas podem se posicionar competitivamente em relação às grandes redes, oferecendo experiências de compra aprimoradas e ganhando eficiência operacional”, finaliza Pinheiro.