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Álcool e energéticos podem causar risco à saúde

Especialista explica porque a mistura pode ser perigosa  para a saúde cardíaca

As festas de fim de ano se aproximam e, com a quantidade de tarefas, o consumo de energéticos, por vezes, é uma solução rápida encontrada para melhorar a falta de disposição.  No entanto, esses usos, quando associados ao álcool, merecem atenção sobre as consequências para o coração.

Daniel Setta, coordenador da Linha de Cuidado de Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) do Hospital Pró-Cardíaco, da rede Americas, alerta a população sobre o tema que pode impactar diretamente na saúde cardiovascular.  De acordo com o especialista, algumas arritmias cardíacas podem ser ocasionadas pelo consumo exagerado de bebidas alcoólicas somadas aos energéticos. Pessoas portadoras de cardiopatias, por exemplo, apresentam riscos ainda mais elevados.  Essa combinação também pode causar aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial.    

“Uma latinha contém, em média, 70mg de cafeína, o que equivale entre três e quatro xícaras de café. Associada a outros componentes das bebidas, levam à liberação de adrenalina e noradrenalina, que propiciam o aumento não só da frequência cardíaca e da pressão arterial, como também podem causar espasmo dos vasos sanguíneos do coração, resultando em um infarto agudo do miocárdio”, explica o médico.   

O especialista aponta que algumas pessoas podem ser portadoras de problemas cardíacos silenciosos, ainda não diagnosticados, estando sob maior risco desses eventos indesejáveis.  Indivíduos com mais de 35 anos e que apresentam fatores de risco para doenças cardiovasculares como hipertensão arterial, diabetes, colesterol elevado, sedentarismo ou tabagismo, têm risco ainda mais elevado.  

O álcool em exagero pode levar a diversos problemas. ” Quando misturado a energéticos e outras substâncias, seus riscos podem causar desidratação, alterações do comportamento, tonturas, vertigens, coma, arritmias e de compensação de doenças cardiovasculares, levando a quadros extremos como infarto e insuficiência cardíaca”, finaliza o médico.