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Com cortes, taxa Selic deve fechar o ano em 11,75%

Especialista analisa os impactos do atual ciclo de redução da taxa básica de juros, avaliando-o como uma tentativa de impulsionar o crescimento econômico brasileiro

No final de novembro, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reiterou a continuação do ciclo de cortes da taxa Selic, ponderando que a intenção era prosseguir com o ritmo de corte de 0,5 ponto porcentual pelo menos nas duas próximas reuniões do Copom (Comitê de Política Monetária), em dezembro e em janeiro.

A taxa Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira. Ela norteia as demais taxas no país, sendo o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação. De acordo com Campos Neto, a Selic deverá terminar o ano no patamar de 11,75%.

O presidente do Banco Central informou ainda que, depois dos dois cortes consecutivos mencionados por ele, os dirigentes da instituição analisarão se o processo de redução do índice da taxa Selic deverá prosseguir ou não.

“A decisão de reduzir a Selic deve sempre considerar o contexto mais amplo da economia, incluindo fatores como inflação, atividade econômica e cenário internacional, para assegurar que tal medida alcance os resultados desejados sem efeitos colaterais indesejados”, avalia Maurício Ferro, autor de trabalhos publicados nas áreas comercial e de mercado de capitais.

Ferro pontua que o atual ciclo de cortes na taxa básica é uma medida significativa e pode ser interpretada como uma tentativa de impulsionar o crescimento econômico.

“A redução da Selic, geralmente, leva à diminuição das taxas de juros para empréstimos e financiamentos, facilitando, assim, o crédito para pessoas físicas e jurídicas, o que tende a incentivar tanto o consumo por parte dos cidadãos quanto o investimento em negócios por parte das empresas”, ressalta o autor.

Mercado de capitais

Em relação ao mercado de capitais, Ferro explica que a redução da Selic beneficia investimentos em renda variável, pois ela se torna mais atrativa em comparação à renda fixa. O especialista destaca, entre os investimentos de renda variável, ações, fundos imobiliários, Brazilian Depositary Receipts (BDRs), fundos de índice e câmbio.

“Por outro lado, para o mercado de renda fixa, principalmente para investidores com perfil mais conservador, tal redução pode representar uma queda nos rendimentos”, observa.

Para saber mais, basta acessar www.mauricioferro.com.br