O coronel Moisés Melo, coordenador da Defesa Civil de Alagoas, disse que o colapso da mina da Braskem em Maceió não pode ser evitado. “Não existe tecnologia para mitigar a situação de Maceió. A mina vai eclodir a qualquer momento”, afirmou o oficial. Segundo o especialista, as ações de prevenção deveriam ter sido feitas no passado.
“A mina está em evolução, em movimento acelerado, e se aproxima cada vez mais da superfície”. As defesas civis estadual e municipal estão fazendo monitoramento 24 horas e o plano de contingência já está em vigência para atender a população de Maceió.
“Estamos passando orientações para a população. Os cidadãos podem manter a calma, não vai acontecer tsunami, terremoto ou abrir um buraco enorme na cidade”, diz o coordenador. A mina está localizada 60% na lagoa Mundaú e 40% no continente, em uma área que já está isolada. “A cratera pode atingir um raio de 150 metros e a população está afastada a 2km de distância. O dano ambiental é certo que vai acontecer, mas não teremos vidas tragadas”, informa a Defesa Civil de Alagoas.
De acordo com o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, o objetivo principal da prefeitura tem sido salvar vidas. “Todo o plano de contingência está funcionando, protocolos estão sendo seguidos rigorosamente pela Defesa Civil de Maceió, que já se comunicou com todas as autoridade pertinentes”, informou.
A mina em questão é a número 18; há 35 instaladas na capital alagoana. A região mais afetada é o bairro do Mutange, mas 60 mil pessoas de cinco bairros da cidade foram realocadas e a área de risco foi completamente evacuada.
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