Nesta sexta-feira (17), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, expressou a necessidade de o governo considerar a reintrodução do horário de verão, caso sejam confirmados benefícios econômicos decorrentes do adiantamento dos relógios em uma hora.
O argumento sobre um possível benefício econômico com o horário de verão é respaldado por entidades como a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). Em uma carta enviada ao presidente Lula em setembro, a Abrasel sustenta que seus estabelecimentos comerciais podem experimentar um aumento entre 10% a 15% no faturamento devido à mudança nos relógios.
O adiantamento dos relógios em uma hora era justificado pela necessidade de redução do consumo de energia elétrica, pois as pessoas poderiam, em tese, aproveitar melhor a luz natural. Além disso, funcionava como estímulo para que empresas e a população em geral encerrassem as atividades diárias com a luz do sol ainda presente, dispensando a necessidade de iluminação artificial.
Contudo, os especialistas do MME observaram alterações nos hábitos de consumo da população, com uma demanda mais elevada por energia elétrica no período da tarde. Portanto, conclui-se que o horário de verão não teria o mesmo impacto na redução do consumo.
Como funcionava?
Essa política era aplicada nos seguintes estados: Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e também no Distrito Federal. A seletividade para regiões estava relacionada ao entendimento de que o horário de verão teria uma eficácia melhor em locais mais distantes da Linha do Equador.
Sob a gestão de Bolsonaro, o MME identificou que, embora o melhor aproveitamento da iluminação natural pudesse levar a um menor consumo de energia, houve uma intensificação do uso de equipamentos como ar-condicionado, o que teria anulado esses efeitos
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