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Renda fixa alavanca crescimento do mercado de capitais

Do total das emissões do mês de agosto, cerca de 85% do volume captado foi proveniente de ativos da renda fixa; Mauricio Ferro, advogado especialista, avalia que esse percentual reflete a busca de estabilidade no ambiente econômico por parte do investidor

A Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) divulgou recentemente dados apontando que a renda fixa continua alavancando as captações no mercado de capitais brasileiro.

A captação ao longo do mês de agosto atingiu o patamar de R$ 35,2 bilhões, sendo que, do total de emissões, R$ 30,1 bilhões foram provenientes da modalidade renda fixa, o que corresponde a cerca de 85%.

As debêntures são os ativos de renda fixa mais emitidos em agosto, com aproximadamente R$ 20 bilhões de emissões, o que representa 55% do volume total captado no mês. Outro destaque foram os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), responsáveis por R$ 6,8 bilhões de emissões no período.

“O fato de a renda fixa estar liderando o crescimento de captações no mercado de capitais reflete a busca por estabilidade e segurança em um ambiente econômico e financeiro volátil”, avalia Maurício Ferro, advogado e autor de trabalhos publicados na área comercial e de mercado de capitais com atuação no conselho de administração de grandes empresa.

Segundo o especialista, para investidores individuais e institucionais, a renda fixa pode ser uma forma de ampliar o portfólio de investimentos, reduzindo, ao mesmo tempo, a exposição a flutuações de mercado e aumentando a estabilidade do portfólio global.

A renda fixa é uma modalidade de investimento na qual a taxa de rendimento e o prazo de vencimento são definidos no momento da aplicação, o que faz com que a sua rentabilidade seja previsível: ou ela é fixada em um percentual mensal ou está atrelada a algum índice, como CDI (Certificado de Depósito Interbancário) ou IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor).

No entanto, Ferro alerta que é importante estar ciente dos desafios associados aos produtos da renda fixa, como as baixas taxas de juros e a necessidade de gerenciar os riscos de inflação.

“A diversificação de investimentos em ativos de classes distintas – renda fixa, variável e híbridos – é uma estratégia a ser considerada para proteger a carteira e aumentar as chances de ganhos”, finaliza o especialista.

Para saber mais, basta acessar: Economia – Mauricio Ferro