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Estudo revela 1 em cada 36 crianças com autismo

Crescimento de casos de autismo provoca mobilização da população que reivindica criação de um Centro de Tratamento para Transtorno do Espectro Autista na Zona Sul da Capital Paulista

Segundo levantamento divulgado em março deste ano pelo CDC – Centro de Controle e Prevenção de Doenças – agência do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos – órgão de referência mundial para aferição de autismo, inclusive no Brasil – 1 em cada 36 crianças de 8 anos foram identificadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) no ano de 2020.

O estudo, divulgado a cada dois anos, relata um aumento progressivo de casos de TEA: em 2004 era de 1 a cada 166, em 2012 o número era de 1 a cada 88. No ano de 2018 foi de 1 para cada 59 e em 2020, 1 caso a cada 44. E os dados atuais revelam 1 a cada 36 crianças de até 8 anos.

Em São Paulo, uma intensa mobilização que envolve grupos de mães, ongs, especialistas da área da saúde e autoridades, teve início na primeira semana de setembro, com a realização do Fórum de Saúde da Zona Sul. “O objetivo desse trabalho é reivindicar a criação de um Centro de Tratamento para Transtorno do Espectro Autista na Zona Sul da Capital Paulista”, disse a vereadora Janaína Lima, idealizadora do evento que reuniu mais 300 participantes, entre autoridades municipais, especialistas de área médica, representantes de ongs e mães atípicas (denominação utilizada para se referir a mães que possuem filhos com alguma deficiência ou síndrome rara).

Convidado para a palestra principal do Fórum, o Dr. Abraham Topczwski – neurologista da Infância e Adolescência do Hospital Albert Einstein abordou o tema do ponto de vista médico, utilizou slides para mostrar tratamento, consequências, aspectos do TEA. citou o uso de Canabidiol em tratamentos de autismo e de epilepsia. A vereadora Janaína Lima acrescentou: “ A minha batalha é para disponibilizar o Canabidiol através do SUS , inclusive com o PL 569/2021. que prevê o fornecimento do medicamento nos equipamentos públicos de saúde da cidade de São Paulo”. Para a secretária municipal da Pessoa com Deficiência, Silvia Grecco, “Essa é uma iniciativa necessária de ter um Centro de Tratamento do TEA que ampare as crianças e dê apoio para as mães atípicas”. O evento contou também com representantes das secretarias municipais de Saúde, Esportes, Cultura e da Subprefeitura de Santo Amaro. 

Os trabalhos resultaram num documento oficial que será encaminhado ao prefeito Ricardo Nunes, subscrito pelos integrantes do Fórum para pedir o Centro de Tratamento para o Transtorno do Espectro Autista.