A Marinha do Brasil restringiu a navegação noturna em trechos considerados críticos nos rios Amazonas e Solimões, devido ao período de estiagem. A medida foi publicada, na sexta-feira (18), por meio da Portaria n° 158/CFAOC, assinada pelo chefe da Capitania Fluvial da Amazônia Ocidental, capitão-de-mar-e-guerra Jorge de Oliveira Antunes Júnior.
A decisão cita dois pontos críticos, são eles: a Passagem do Tabocal e foz do Rio Madeira, localizada no rio Amazonas, e na foz do rio Purus, no rio Solimões. A região é uma das principais rotas das empresas de navegação, que durante o período de estiagem precisam diminuir a quantidade de cargas para evitar o risco de ficarem encalhados nos bancos de areia.
Com a mudança, o tráfego fluvial nesses trechos está permitido apenas durante o dia, quando a profundidade local, em metros, atingir o valor menor ou igual a 1,5 vezes o calado do navio, que é a distância entre a parte submersa, que compreende a parte inferior da quilha e a linha de superficial da água.
A portaria também recomenda o uso mínimo da velocidade que garanta a realização de manobras da embarcação.
“Ficam estabelecidos os valores de 0,5 e 1,0 metro, respectivamente, como Folga Abaixo da Quilha Mínima (FAQM) a ser observada para navios de carga geral e navios de cargas perigosas e/ou de elevado potencial poluidor. A esses valores de FAQM deverão ser acrescidos os Fatores de Segurança a fim de que seja estabelecida a Folga Abaixo da Quilha necessária para navegação segura, por uma área considerada crítica, a qualquer tempo”, diz um dos trechos do documento.
Rio Negro
Além do rio Solimões, o rio Negro também forma a bacia do Rio Amazonas junto a outros rios da Amazônia. Em Manaus, o rio Negro, que está com 24 metros e 94 centímetros, está em ritmo de descida acelerado. De julho até o dia 22 de agosto, o nível das águas baixou 3 metros e 10 centímetros. Nos últimos quatro dias, o ritmo de descida se manteve em 11 centímetros, totalizando 44 centímetros no período.
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