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Nonato Machado responderá por lesão corporal contra babá e advogado

O investigador Nonato Machado será processado por acusações de lesão corporal em relação ao incidente envolvendo a babá e o advogado Ygor de Menezes, ocorrido na sexta-feira (18) em um condomínio situado no bairro Ponta Negra, zona Oeste de Manaus. A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) compartilhou essas informações durante uma coletiva de imprensa realizada na manhã desta segunda-feira (21) na Delegacia Geral do Amazonas.

Durante a coletiva, o delegado-geral da PC-AM, Bruno Fraga, comunicou que uma investigação detalhada está em andamento no âmbito do inquérito policial, o qual tem um prazo de dez dias para ser concluído. Ele não descartou a possibilidade de outras acusações serem imputadas a Nonato.

“No momento em questão, tanto o servidor quanto sua esposa foram responsabilizados com base nas evidências apresentadas pelo delegado. Durante a investigação, novas acusações podem ser acrescentadas ao servidor, mas no momento, o que foi apresentado ao delegado foi submetido à justiça”, explicou o delegado.

“Foi responsabilizado naquele instante como coautor das lesões corporais infligidas à babá. Em outras palavras, é como se ele também tivesse participado das agressões à babá”, detalhou.

Bruno Fraga reafirmou o compromisso da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) em não compactuar com o comportamento do investigador e sublinhou que todos os esforços serão empregados para a completa elucidação do caso.

“Embora a conduta seja condenável, o aspecto técnico deste inquérito exige depoimentos de testemunhas, análise minuciosa de vídeos e exames periciais, os quais estão sujeitos ao prazo legal do inquérito. Vale ressaltar que a caracterização atual dos delitos não exclui a possibilidade de serem reclassificados como outras infrações”, destacou.

No presente momento, Nonato Machado permanece sob custódia na Delegacia Geral do Amazonas, em Manaus. Em outra coletiva de imprensa, o delegado-geral adjunto da PC-AM, Guilherme Torres, enfatizou que o investigador foi imediatamente afastado da corporação após a tomada de conhecimento do caso.

“Todas as diligências necessárias foram conduzidas prontamente. Eu me reuni com o Delegado-Geral e ordenamos o afastamento imediato do servidor, que já se encontra detido na Delegacia Geral. Ele terá a oportunidade de apresentar sua versão e sua defesa, sendo importante ressaltar que a Polícia Civil não compactua com esse tipo de comportamento, e faremos tudo ao nosso alcance para que o caso seja esclarecido”, afirmou.

As autoridades policiais também destacaram que procedimentos administrativos serão instaurados para avaliar a conduta do investigador. De acordo com a apuração administrativa, ele poderá ser desligado da Polícia Civil do Amazonas.

“Além do processo criminal já em andamento, procedimentos administrativos estão em curso para investigar a conduta administrativa do policial e estão sendo conduzidos pela corregedoria da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas. A abertura desse processo administrativo pode resultar em sua expulsão. No entanto, qualquer conclusão só poderá ser alcançada após a conclusão do inquérito policial”, finalizou o delegado Bruno Fraga.