Projeto está integrado no programa Educa + Amazonas, lançado pelo governador Wilson Lima
Com foco na oferta de cursos técnicos profissionalizantes, o projeto “Da Escola para o Trabalho” transforma o dia a dia de alunos do Ensino Médio das escolas da rede pública do Amazonas. Até o momento, mais de mil estudantes, divididos em 52 turmas, já foram beneficiados. Ao término do último ano da escola, o estudante recebe dupla certificação e experiência para ingressar no mercado de trabalho.
Os cursos disponíveis são Recursos Humanos, Rede de Computadores, Marketing, Informática, Computação Gráfica, Desenvolvimento de Sistemas, Suporte e Manutenção de Informática, Estética e Informática para Internet, em 18 escolas da rede estadual de ensino, com cursos no contraturno, dentro do espaço da própria escola.
O coordenador do projeto, Allyson Lopes, destacou as vantagens obtidas pelos alunos ao terem contato com o mercado de trabalho desde cedo. “A vantagem é que o aluno sai do Ensino Médio sabendo o que ele quer fazer. Ele entra como um adolescente, cheio de dúvidas, mas sai como um profissional muito bem preparado para o mercado de trabalho, com o conhecimento adquirido por meio dos cursos técnicos”, destacou o coordenador.
Na zona centro-oeste de Manaus, no bairro Redenção, a Escola Estadual Maria da Luz Calderaro se destaca com os cursos técnicos oferecidos. O professor de Rede de Computadores da instituição, Aslon Kallel, falou sobre a mudança na rotina dos alunos do curso, que antes tinham aulas apenas pela manhã.
“Os alunos se adaptam bem rápido às mudanças na rotina, apesar de ser um desafio conciliar o Ensino Médio com o Técnico. Mas eles sabem que, com isso, eles têm acesso a uma grade curricular que vai preparar eles para o nível superior”, concluiu o professor.
A estudante do 3º ano do Ensino Médio Beatriz Lopes, de 18 anos, se mudou do interior do Pará para o Amazonas há três anos. Segundo ela, as perspectivas do futuro eram poucas, mas desde que começou o curso técnico de Rede de Computadores, a vida mudou. Recentemente ela foi aceita como menor aprendiz em uma empresa, que considerou o curso dela como um diferencial.
“Eu me inscrevi no processo seletivo e na fase final era preciso mostrar as habilidades com a computação, o que eu já tinha com o curso técnico. Pesquisei antes e verifiquei que o mercado de trabalho é mais vantajoso para essa área. Inclusive, quero cursar Engenharia da Computação”, falou a estudante.
Outro aluno que vai seguir carreira na área de computação depois do Ensino Médio é o Josué de Souza, de 17 anos, estudante do 3º ano do Ensino Médio. “Minha rotina antes era diferente e agora é totalmente diferente, mas é muito bom vir para cá e ter aulas com os melhores professores. Futuramente quero ingressar em outros cursos relacionados ao que eu faço por aqui”, disse.
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