Em uma garagem, Elliot Handler e seu sócio Harold Matson fundaram a Mattel – junção do nome dos dois – em 1945. A princípio produziam porta-retratos e móveis para casas de bonecas.
De acordo com o livro “Barbie e o Império da Mattel”, da escritora Robin Gerber, Ruth queria que a filha Barbara, que na época era criança, tivesse uma boneca para além das de papel. Uma vez que a menina adorava trocar as roupas e criar histórias para os brinquedos, mas que fugiam do clássico de ser mãe e ter uma família, elas fingiam ter profissões.
Foi com esse gatilho que Ruth criou a boneca mais famosa do mundo, e deu o nome de Barbie, apelido de sua filha. A primeira versão da Barbie foi apresentada em 9 de março de 1959, na American International Toy Fair, em Nova York. No mesmo ano, a boneca apareceu em comerciais de TV, disparando as vendas. No primeiro ano foram vendidas cerca de 300 mil bonecas por US$ 3 cada.
“Metade dos nossos compradores realmente não gostou. Os homens achavam que as mulheres não comprariam uma boneca com corpo de mulher – com seios, cintura estreita e tornozelos estreitos, essa boneca adulta de aparência sexy. Os homens achavam que suas esposas não iriam querer isso e que não seria certo um filho ter isso – eles estavam errados. As mulheres, por outro lado, instantaneamente ficaram loucas por aquela boneca. As bonecas, assim que pousaram no balcão, foram arrebatadas pelas mulheres que as compravam para suas filhas”, contou Ruth em entrevista para a BBC em 1997.
Logo, a Barbie ganharia um namorado. Após receber cartas pedindo se a boneca podia ter um namorado, Ruth lançou ao mercado o Ken, em homenagem ao seu filho Kenneth Handler – que faleceu em 1994, aos 50 anos, vítima de um tumor.
Apesar da trajetória brilhante, Ruth Handler foi acusada de fraudar relatórios financeiros e resultados da empresa três anos após ter renunciado à presidência da Mattel. A empresária assumiu a culpa e não contestou as acusações, pagou a multa e precisou prestar serviços comunitários.
Ruth faleceu em 2002, em Los Angeles, após ter complicações pós-operatórias para a retirada de um câncer de cólon do útero.
De CNN Brasil.
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