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Desemprego cai a 8,3%, menor nível desde 2015

Carteira de trabalho digital.
Além do desemprego menor, o trimestre encerrado em maio registrou queda no número de pessoas procurando trabalho

Além do desemprego menor, o trimestre encerrado em maio registrou queda no número de pessoas procurando trabalho

O desemprego caiu a 8,3% no trimestre encerrado em maio de 2023 e apresentou recuo percentual em relação ao trimestre anterior e ao mesmo período do ano anterior. 

Em relação ao trimestre anterior, houve recuo do número de desempregados em 3,0% e surpreendentes -15,9% comparado ao mesmo período do ano anterior. 

Esta é a menor taxa para um trimestre encerrado em maio, desde 2015. 

A população desocupada — como é formalmente referida a população desempregada — encontra-se em 8,9 milhões.

O número de pessoas ocupadas é de 98,4 milhões e se encontra em uma taxa estável na comparação trimestral. No ano, seu crescimento foi de 0,9%. 

Segundo especialistas do IBGE, este recuo é influenciado por menor pressão no mercado de trabalho. Ou seja, houve maior queda do número de pessoas procurando por trabalho do que propriamente um aumento do número de oportunidades de trabalho e de pessoas ocupadas. 

Alguns aspectos merecem ser ressaltados na pesquisa, que é a queda do número de trabalhadores na Agricultura, pecuária e pesca, com redução de 158 mil pessoas. 

Por outro lado, houve expansão da Administração pública e serviços sociais em 2,5% ou 429 mil novas vagas. O total de pessoas empregadas no setor público é de 12,1 milhões de pessoas. 

Este aumento foi impulsionado pela inserção de pessoas com carteira assinada. 

Já o número de empregados sem carteira assinada no setor privado se manteve estável na comparação trimestral e anual. São 12,9 milhões de pessoas empregadas sem carteira assinada no mercado de trabalho privado. 

O número de empregados com carteira assinada também ficou estável no setor, assim como o número de trabalhadores por conta própria e empregados na informalidade. 

Em uma comparação anual, houve aumento de 216 novas vagas criadas e ocupadas no setor de Transportes. Este valor representa aumento de 4,2% em relação ao ano anterior. Além desta categoria, houve aumento de 440 mil novas vagas no setor de Informação, Atividades Financeiras e Imobiliárias. Este valor é 4,5% maior do que em relação ao ano anterior. 

A taxa de trabalhadores subutilizados compreende o somatório de desempregados, pessoas que trabalham menos horas do que gostariam e mão de obra potencial. Ou seja, trabalhadores que não procuram emprego, mas que gostariam de trabalhar. 

Esta taxa caiu no trimestre e no ano e totalizou 20,7 milhões de pessoas. 

Já a taxa de pessoas desalentadas se refere a pessoas que não procuram emprego porque se consideram jovens demais, idosos demais ou que consideram que não conseguiriam emprego por acreditarem que a economia vai mal. 

Essa categoria teve queda e ficou em 3,7 milhões de pessoas. 

O rendimento médio no Brasil é de R$ 2.900. Ficou estável frente ao trimestre anterior e cresceu 6,6% no ano. 

Este estudo é realizado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, a PNAD contínua e divulgada pelo IBGE. 

A amostra considerada no estudo corresponde a 211 mil domicílios pesquisados e é realizada por telefone desde março de 2020, início da pandemia da Covid-19. A próxima pesquisa referente a junho será divulgada em 28 de julho. 
 

Fonte: Brasil 61