O Senado da França aprovou nesta quinta-feira (16) uma nova versão do texto para a reforma da previdência proposto por um comitê de 14 congressitas.
193 parlamentares votaram a favor, 114 contra, de 307 eleitos. 38 abstiveram-se.
O texto ainda precisa ser revisado e votado pela Assembleia Nacional, onde ficam os deputados eleitos no país. Expectativa é de que o resultado da votação da Assembleia saia ainda nesta quinta-feira.
A principal mudança aumentará a idade mínima para aposentadoria de 62 para 64 anos até 2030. A reforma propõe ainda antecipar para 2027 a contribuição por 43 anos e não 42, como é atualmente, para que o aposentado receba a pensão integral. A ideia com isso é que haja mais anos de contribuição e o governo possa capitalizar mais dinheiro.
Macron promoveu as mudanças previdenciárias como fundamentais para sua visão de tornar a economia francesa mais competitiva. Os sindicatos permaneceram combativos na quarta-feira, pedindo aos legisladores que votassem contra o plano.
Dois terços dos franceses, segundo pesquisas, são contrários ao plano proposto pelo presidente.
Está marcada para esta quinta-feira à tarde uma votação na Assembleia Nacional, onde a situação é mais complicada. A aliança de centro de Macron perdeu a maioria nas eleições legislativas do ano passado, obrigando o governo a contar com os votos dos conservadores para aprovar o projeto. Os legisladores de esquerda e de extrema direita se opõem fortemente e os conservadores estão divididos, tornando o resultado imprevisível.
A aprovação na Assembleia Nacional daria mais legitimidade ao plano, mas, em vez de enfrentar o risco de rejeição, Macron poderia usar seu poder constitucional especial para forçar o projeto de lei a ser aprovado no parlamento sem votação.
De G1.
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