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Amazonenses tem a segunda renda mais baixa do Brasil

Conhecedor da Zona Franca de Manaus (ZFM), Samuel Hanan reconhece que ela é importante e a luta pela sua manutenção

A renda per capita mensal do amazonense é ainda a pior dos Estados da Região Norte, segundo estudo de Samuel Hanan

A renda média mensal do amazonense, nos últimos quatorze anos, vive uma sequência de quedas e já é considerada a pior da Região Norte e a segunda mais baixa do País. O cenário é fruto de estudos do executivo e ex-vice-governador do Amazonas, Samuel Hanan, com base em números da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e do Ministério da Cidadania.

Segundo executivo, em 2021 a renda média mensal per capita no estado foi de R$ 618,00/mês, algo em torno de 56% do salário mínimo. Inferior à renda média dos Estados do Acre (R$ 654,00/mês), Amapá (R$ 718,00/mês), Roraima (R$ 808,00/mês), Tocantins (R$ 718,00/mês) e Rondônia (R$ 873/mês).

Em 2012 o número de pobres no Amazonas correspondia a 45,39% da população. Em 2021 esse percentual chegou a 51,42%, de acordo com dados da FGV. Outra constatação: em 2021, o Amazonas tinha mais cidadãos dependentes do Auxílio Brasil (476.634) do que empregados, conforme cadastro do Ministério da Cidadania.

Alternativas para mudar cenário

Conhecedor da Zona Franca de Manaus (ZFM), Samuel Hanan reconhece que ela é importante e a luta pela sua manutenção “é imprescindível” para a recuperação da renda dos amazonenses, no entanto, ele observa que é hora de estudar uma nova matriz econômica que possa futuramente compensar uma possível perda do motor econômico que o modelo é para Manaus e para o Amazonas.

Hanan defende a inclusão de políticas e estratégias da utilização racional e responsável dos recursos naturais existentes no solo e subsolo do Estado, bem como a recuperação de áreas degradadas, tornando-as produtivas, sem a necessidade de desmatamento do bioma amazônico. “O Amazonas precisa resgatar a sua importância econômica, explorando todas as suas potencialidades”, afirma.

Com informações do Portal Único