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Nova plataforma online do CNJ facilita registro de doadores de órgãos no Brasil

Instrutor e Professor de Enfermagem da Escola Técnica FAEP, Alessandro Alencastro, comenta sobre os benefícios desse novo recurso
A escassez de doações de órgãos é um problema global que afeta milhares de vidas todos os anos, deixando inúmeras pessoas à espera de um milagre que muitas vezes não chega a tempo. No Brasil, de acordo com dados fornecidos pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), mais de 42 mil pessoas estão atualmente na fila de espera por um transplante de órgãos no país, sendo 500 delas crianças. A urgência desse registro se evidencia com a estatística de que, somente em 2023, três mil pessoas perderam a vida devido à escassez de doações de órgãos.
 
Porém, em meio a essa crise, surge uma solução que pode amenizar o problema. No dia 2 de abril de 2024, uma nova ferramenta online está disponível para aqueles que desejam ser doadores de órgãos no Brasil. O CNJ lançou um site e um aplicativo que permitem o registro do desejo de doação, facilitando o processo para os interessados e para seus familiares.
 
Para o instrutor e professor de enfermagem Alessandro Alencastro, coordenador dos cursos de Auxiliar e Técnico de Enfermagem da Escola Técnica FAEP, esse novo recurso garante transparência e acessibilidade aos interessados em se tornarem doadores de órgãos, ressaltando que esse processo foi fruto de um longo trajeto até alcançar a atualidade.
 
“Essa mudança assegura uma decisão mais clara e transparente por parte dos doadores de órgãos. Todos se beneficiam desse gesto nobre e de elevada consciência”, declarou Alencastro.
 
Ainda segundo o professor, a plataforma online do CNJ visa interligar todo o sistema de saúde, facilitando o processo de doação e fornecendo informações importantes para os familiares dos doadores. O principal objetivo é reduzir as filas de espera por órgãos, evitando assim a perda de vidas devido à escassez de doações.
 
Sobre os desafios enfrentados pela doação de órgãos no Brasil, Alencastro mencionou aspectos culturais e a disseminação de mitos que cercam o tema. Ele enfatizou a necessidade de conscientização por meio das mídias sociais e a desmistificação de informações falsas para mudar esse cenário.
 
“O primeiro desafio é tomar a decisão de se tornar um doador. Isso não apenas muda vidas, mas dá um novo começo a elas”, concluiu o professor.
 
Por fim, Alencastro também incentivou a busca por profissionais de saúde para esclarecer dúvidas sobre a doação de órgãos, reforçando a importância de um apoio especializado nesse processo.