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Setor de logística deve apostar em tecnologia para crescer mais de 50% em 2024

Pouca maturidade digital das empresas e gerenciamento ineficiente de grande volume de dados podem ser os principais desafios para o setor esse ano.

O setor de logística é um dos que mais crescem no Brasil. De acordo com o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) a projeção do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil, cresceu de 2,3% para 3,3% em 2023, e para 2024 a expectativa preliminar é que exista um crescimento de 2%. 

Com o aumento da força econômica brasileira, a expectativa é que o setor logístico cresça ainda mais. Entretanto, existem alguns desafios desse mercado que podem ser minimizados e até mesmo erradicados com o uso da tecnologia, notadamente de soluções matemáticas. 

A Linear Softwares Matemáticos, uma das principais empresas brasileiras de softwares matemáticos voltados para a otimização de processos de supply chain, acredita que entre os maiores desafios para 2024 estão a pouca maturidade digital das empresas e o gerenciamento ineficiente do grande volume de dados gerados por essas companhias.  

‘’Em 2023 observamos importantes passos sendo dados em relação à inteligência generativa e digitalização de processos empresariais. Porém, quando o assunto é a inteligência de dados e a gestão eficiente desses ativos, sobretudo na cadeia logística, ainda temos um longo caminho pela frente’’, ressalta Walker Batista, sócio e diretor de modelagem e inovação da Linear Softwares Matemáticos.  

Crescimento x adesão tecnológica  

De acordo com a projeção divulgada pela Transparency Market Research, o mercado de logística mundial deve atingir US$ 15.273 bilhões até 2027. Já no Brasil, o setor pode crescer mais 50% até 2024, segundo o levantamento feito pela MCC-ENET. 

Com um alto potencial de crescimento e muito espaço mercadológico para diferentes empresas, investir em logística tende a ser um caminho bastante promissor no país. Contudo, para garantir a sustentabilidade desse setor em expansão, é crucial que as companhias incluam na base de seus negócios alguns indicadores chave, KPIs (Key Performance Indicators), como métrica para avaliar sua performance em questões logísticas. ‘’O setor deve investir de forma significativa em quatro itens básicos: tecnologia, bom produto, competência humana e análises preditivas. A tecnologia é um ponto que pode e deve unir esses quatro pontos, já que ela permite otimizar processos, oferecer versatilidade, mais agilidade e principalmente maior competitividade’’, explica Walker.  

Análise preditiva enquanto impulsionador de lucro em 2024 

A análise preditiva é um ramo da análise avançada que faz previsões sobre resultados futuros usando dados de históricos combinados com modelagem estatística, técnicas de mineração de dados e machine learning, e é uma ferramenta poderosa para orientar a tomada de decisões gerenciais em diversas etapas e áreas de um negócio, como: estabelecer a rota mais barata e mais rápida, decidir o modal de transporte, calcular o espaço necessário para estocar, transportar produtos e até mesmo para estabelecer estratégias que diminuam a emissão de poluentes. Ela é uma aliada crucial para potencializar lucros, diminuir perdas e projetar de forma eficiente direcionamentos e novos investimentos para a cadeia logística.   

‘’Quando inserimos esse processo de dados em estratégias de logística, conseguimos prever problemas e antecipar soluções antes mesmo que eles surjam. Essa análise avançada é crucial para estabelecer rotas e modais de transporte, gastos com deslocamento de carga, diminuição da taxa de ruptura e diversos outros fatores que impactam diretamente no faturamento e lucro de um negócio’’, detalha o executivo. 

Expectativas para o setor  

De acordo com o estudo Own Your Transformation, do IMB IBV (Institute for Business Value), 67% dos líderes brasileiros de supply chain consideram a infraestrutura de tecnologia como o principal desafio das empresas nos próximos dois a três anos. Esse percentual é o maior entre os mais de 35 países que participaram da pesquisa.  

‘’Os números do mercado demonstram que ainda existe um longo caminho até a total adesão de tecnologias que de fato são meticulosamente projetadas para otimizar processos complexos de supply chain. Não é incomum vermos grandes empresas com inúmeros processos de gerenciamento de dados manuais, o que acaba ocasionando em inúmeras perdas facilmente evitáveis com uma solução robusta de gerenciamento’’, analisa o diretor de modelagem e inovação.   

Com maior percentual de crescimento do PIB, alta projeção de crescimento do setor de logística e espaço mercadológico para crescer, a expectativa é que em 2024 o mercado de supply chain injete ainda mais investimentos em tecnologia, justamente para preservar sua cadeia de produção.  

‘’Embora o Brasil ainda tenha um índice médio de maturidade digital empresarial, pudemos observar uma maior procura e priorização do uso de tecnologia nesses projetos. A expectativa é que em 2024 o setor cresça ainda mais com o auxílio de soluções matemáticas para orientar a tomada de decisões, empoderando seus usuários no gerenciamento de seus negócios’, finaliza Walker.