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Mais de 3,8 milhões de empresas foram abertas em 2023

O número corresponde ao total de novas empresas criadas no Brasil no ano passado. De acordo com gerente de Negócios, para manter as empresas abertas, é preciso apostar no desenvolvimento do capital humano e constante evolução para não ficar para trás

No ano passado, foi registrada a abertura de 3.868.687 novas empresas no Brasil, segundo dados do Mapa das Empresas, ferramenta disponibilizada pelo Departamento Nacional de Registro Empresarial e Integração (DREI), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), em parceria com o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro).

Somente no último mês de 2023, o número de empresas abertas ultrapassou 200 mil, chegando a 222.183 novos empreendimentos. Na contagem anual, a região Sudeste foi a que mais registrou novas empresas, com 1.949.193 aberturas. Em segundo lugar, vem a região Sul, com 738.904 novos negócios, seguida do Nordeste, com 622.887 e do Centro-Oeste, com 367.294. A região Norte foi a que registrou o menor número de novas empresas, com 190.392.

Na outra ponta, de empresas que encerraram atividades em 2023, o número chegou a 2.153.840, o que ainda garante um saldo positivo entre aberturas e extinção de empreendimentos. Na visão do gerente de Negócios Ibiray Haladjian, ao investir em um novo empreendimento, é preciso ter em mente que atualmente as empresas não se limitam exclusivamente ao capital e que o sucesso está ligado a outros fatores.

“As empresas de sucesso já compreenderam que, sem recursos como ‘matéria-prima’ e pessoas com conhecimentos e habilidades, não geram riquezas, não atendem às necessidades humanas e não melhoram a qualidade de vida da sociedade”, diz, acrescentando que “é necessário agregar relacionamentos éticos e morais, sendo uma empresa transparente, com respeito e confiança entre os parceiros, trazendo resultados tanto para a empresa quanto para a sociedade”.

Com 13 anos de experiência na área de Negócios, Ibiray Haladjian destaca que a incorporação de valores, princípios e atitudes corretas pode resultar em maior fidelidade por parte dos consumidores, na criação de infraestrutura que capacita profissionais e na consolidação da empresa no mercado, evidenciando sua responsabilidade social.

“Com o avanço da tecnologia, as empresas não podem negligenciar a humanização, como quando precisam resolver questões por telefone seguindo sempre o mesmo script. Às vezes, falta o contato humano em todas as áreas. Elas não podem perder a sensibilidade para a tecnologia; é necessário investir no desenvolvimento das pessoas, principalmente em relação às habilidades e aprendizado”, comenta.

Planejamento – Outro ponto para o qual o gerente de Negócios chama atenção é o planejamento antes da abertura de uma nova empresa. De acordo com Haladjian, a programação do posicionamento de mercado requer cuidado, como não abrir um negócio apenas porque pode proporcionar lucro temporário. Ele ressalta que é essencial buscar conhecimento, informações, capacitar-se e envolver-se no negócio diariamente.

“Tudo muda rapidamente, e é necessário se atualizar constantemente para não ficar ultrapassado. As pessoas estão inovando a todo momento, tornando tudo muito volátil. Por exemplo, se anteriormente você utilizava uma técnica para realizar algo, hoje as pessoas conseguem obter os mesmos resultados ou melhores de forma diferente. Com isso, é bom estar sempre atento para não ficar para trás”, conclui.

Pouco mais de um dia é o tempo médio de abertura de uma nova empresa no Brasil

Segundo os dados do Mapa das Empresas, registrar um novo negócio no país está cada vez mais rápido. Em 2023, o tempo médio de abertura de uma empresa foi de 1 dia e 3 horas, sendo o tempo médio de viabilidade registrado em até 12 horas, e tempo médio de registro em 15 horas.

No ranking entre os estados, Rondônia é onde os tempos de viabilidade e de registro são os menores do país. Em média, em 19 horas é possível ver nascer uma nova empresa no estado. O que possui tempo maior é São Paulo, com média de 40 horas.