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Maioria dos profissionais de Administração trabalha no regime presencial

Recente levantamento promovido pelo CRA-SP mostra que, passado o período de pandemia, o home office é praticado por pouco mais de 10% dos profissionais registrados no Conselho

Depois de ser considerado a melhor saída para manter os negócios ativos durante a pandemia de Covid-19, o home office tornou-se um impasse entre organizações e colaboradores. De um lado, as empresas que estão convocando seus funcionários para retornarem ao escritório (como as gigantes de tecnologia Google, Amazon, Zoom e Apple), de outro, o grande número de profissionais que se recusa a voltar totalmente ao modo presencial de trabalho.

Segundo uma pesquisa realizada pela PwC Brasil e pelo PageGroup no início deste ano, o regime híbrido desponta como solução para este impasse. De acordo com 46% dos executivos e 40% dos colaboradores ouvidos, o melhor modelo para maximizar a produtividade dos profissionais é aquele com um ou dois dias por semana no escritório. Em segundo lugar, no entanto, a preferência varia de acordo com a posição hierárquica: 27% dos colaboradores escolheram o home office integral, enquanto 25% dos executivos disseram acreditar no modelo com três ou mais dias presenciais. 

Na área da Administração, no entanto, embora pesquisas como a da PwC mostrem a preferência pelo regime híbrido, a realidade ainda se mostra um pouco diferente. Em um recente levantamento do Conselho Regional de Administração – CRA-SP,  realizado com 484 profissionais (entre administradores, tecnólogos e técnicos em Administração) e que abordou principalmente a aprovação dos seus registrados a respeito da semana com quatro dias úteis de trabalho, 50,9% dos respondentes disseram trabalhar 100% presencial, 37% mencionaram estar no regime híbrido e apenas 12,2% relataram atuar 100% home office

O estudo do CRA-SP também mostrou que o modelo de trabalho pode influenciar a produtividade durante a jornada. Entre os que afirmaram trabalhar presencialmente, 48,2% disseram que nunca ou apenas de vez em quando precisam fazer horas extras; enquanto 66% dos profissionais que atuam apenas em home office responderam o mesmo. 

Para o presidente do CRA-SP, Adm. Alberto Whitaker, o modelo a ser instituído dentro das organizações deve levar em consideração as preferências dos colaboradores e as necessidades das empresas, de modo que se entre em um consenso. “Temos muitos exemplos em áreas específicas, como a de TI, na qual os profissionais desejam e performam melhor com jornadas a distância. Entretanto, algumas profissões, especialmente aquelas nas quais o contato humano é importante, o trabalho presencial, mesmo que apenas em alguns dias da semana, faz toda a diferença. E a Administração tem essa característica de estar perto das pessoas, o que pode explicar parte do resultado desse levantamento”, acredita. 

O presidente reforça, ainda, que as empresas devem estar atentas às transformações da sociedade para que talentos não sejam perdidos em função de políticas extremamente inflexíveis. “Em recente matéria da Revista ADM PRO, publicada pelo CRA-SP, especialistas comentaram que as diferentes gerações que hoje se encontram no mercado de trabalho têm desejos diferentes e precisamos entender tudo isso para compor equipes heterogêneas e, ao mesmo tempo, alinhadas ao propósito da organização”, finaliza Whitaker.