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Coloproctologia registra aumento no número de especialistas

Especialização registrou um crescimento de quase 70% durante o período de 2012 a 2022

Na área da medicina, a coloproctologia emerge como uma especialidade médica e cirúrgica voltada para o estudo e tratamento das doenças que afetam o intestino grosso, o reto e o ânus. Com uma abordagem focada na prevenção, diagnóstico e terapia destas condições, os coloproctologistas desempenham um importante papel na saúde gastrointestinal. Esses profissionais tratam de doenças inflamatórias intestinais, câncer colorretal, hemorroidas, fissuras anais, pólipos colorretais, incontinência fecal, diverticulite, constipação crônica, entre outras patologias.

De acordo com a pesquisa de Demografia Médica 2023, o Censo Médico, a área de coloproctologia no Brasil conta com cerca de 2.400 profissionais, situando-se entre as 20 especialidades com menor representatividade. No entanto, esse campo de atuação registrou um crescimento, com um aumento de quase 70% no número de especialistas entre 2012 e 2022. Quanto ao perfil desses profissionais, a maioria (64,3%) é composta por homens, com idade média de 48 anos.

O professor titular de coloproctologia e técnica cirúrgica da Faculdade de Medicina da Universidade de Mogi das Cruzes, Dr. Carlos Mateus Rotta, coloproctologista, destaca quais são as principais inovações desta área da medicina apresentadas nos últimos anos: a desarterialização hemorroidária (a cirurgia de hemorroida sem corte); as cirurgias robóticas; os tratamentos regenerativos com células mesenquimais do tecido gorduroso subcutâneo; os procedimentos a laser, os exames de análise genética da microbiota intestinal; o uso de anticorpos monoclonais; e o uso do hidratante intra-anal à base de nanotecnologia de hialuronato de sódio recém-criado pela indústria brasileira. 

Doenças do intestino

De acordo com informações da SBCP (Sociedade Brasileira de Coloproctologia), as DIIs (doenças inflamatórias intestinais) impactam mais de cinco milhões de indivíduos globalmente, enquanto no cenário brasileiro, a incidência se situa em torno de 100 diagnósticos para cada grupo de 100 mil cidadãos. No âmbito do IgesDF (Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal), a prestação de assistência ocorre nos estabelecimentos do HBDF (Hospital de Base) e no HRSM (Hospital Regional de Santa Maria).

Projeções elaboradas pelo Inca (Instituto Nacional de Câncer) indicam que o Brasil está prestes a enfrentar um aumento significativo em câncer de intestino, com a expectativa de registrar aproximadamente 44 mil novos casos dessa condição anualmente nos próximos três anos, abrangendo o intervalo entre 2023 e 2025. Esses números projetados ressaltam uma concentração notável, com cerca de 70% desses diagnósticos emergindo nas regiões Sudeste e Sul do país.

Dentro desse cenário, a análise detalhada aponta para uma divisão de gênero considerável, prevendo que 23.660 diagnósticos serão associados ao sexo feminino, enquanto 21.970 casos serão identificados entre indivíduos do sexo masculino. Em consonância com as informações contemporâneas divulgadas pelo Atlas da Mortalidade por Neoplasias, publicado pelo próprio Inca, o ano de 2020 registrou 20.245 óbitos atribuídos ao câncer colorretal no Brasil. Desse total, 9.889 corresponderam a homens e 10.356 a mulheres. 

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