Um novo estudo do Observatório BR-319 (OBR-319) aponta dados preocupantes sobre estradas não oficiais na região da BR-319. O estudo, que é uma atualização da nota técnica publicada pela rede em 2022, detectou que a rede de ramais é 5,8 vezes maior que a extensão total da BR-319.
A rede de ramais é composta por estradas não oficiais que foram abertas por madeireiros, garimpeiros e agricultores. Essas estradas são responsáveis por um grande desmatamento na região da BR-319.
O estudo do OBR-319 mapeou 5.092 km de ramais na região da BR-319. Isso é mais do que o dobro da extensão total da rodovia, que é de 2.155 km.
Os municípios com maior número de ramais são Canutama, Humaitá, Manicoré e Tapauá. Esses municípios estão localizados no sul do Amazonas.
O estudo do OBR-319 também aponta que o desmatamento na região da BR-319 está crescendo. Em 2022, foram desmatados 1.975 km² na região. Isso representa um aumento de 16% em relação a 2021.
O desmatamento na região da BR-319 está causando uma série de problemas ambientais. Esses problemas incluem a destruição de habitats de plantas e animais, a perda de biodiversidade e o aumento do risco de enchentes e deslizamentos de terra.
O estudo do OBR-319 recomenda uma série de ações para combater o desmatamento na região da BR-319. Essas ações incluem:
- Aumento da fiscalização das estradas não oficiais;
- Destinação das Florestas Públicas Não Destinadas (FPND);
- Combate à exploração predatória de madeira;
- Incentivo às concessões florestais e ao manejo florestal comunitário;
- Monitoramento e controle de territórios indígenas;
- Estabelecimento de diretrizes para empreendimentos de impacto;
- Combate à ilegalidade na cadeia da carne;
- Eficácia na penalização de infratores que cometerem ilícitos ambientais.
O estudo do OBR-319 é um alerta para a necessidade de ações urgentes para combater o desmatamento na região da BR-319.
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