Após a decisão da Justiça Eleitoral que tornou Jair Bolsonaro inelegível até 2030, o PL está analisando uma estratégia de médio prazo para manter sua política protegida mesmo sem controlar a Presidência da República.
Internamente, a liderança nacional do partido reconhece as dificuldades em encontrar um candidato com o mesmo apelo eleitoral do ex-presidente, considerando especialmente a possibilidade de enfrentar o PT em um cenário desafiador, uma vez que o partido de esquerda detém o controle do Palácio do Palácio Planalto.
Para a eleição presidencial de 2026, alguns nomes são mencionados, como o do senador Flávio Bolsonaro e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. No entanto, Flávio Bolsonaro não possui o mesmo prestígio de seu pai, e Michelle Bolsonaro, apesar de ter uma rejeição menor, prefere disputar uma carga no Legislativo.
Diante desse cenário desfavorável, os dirigentes do partido consideram que seria mais favorável para o futuro da legenda focar nas campanhas para o Senado Federal, buscando obter as maiores bancadas nas duas Casas Legislativas e promover uma agenda conservadora.
A ideia apoiar é lançar os principais apoiadores do partido para as eleições senatoriais. Atualmente, o PL possui uma segunda maior bancada no Senado Federal, com onze parlamentares.
A meta é tentar dobrar o número de senadores do partido, em um esforço de longo prazo, e até mesmo eleger o presidente do Congresso Nacional. Para isso, o partido considera lançar como candidatos ao Senado a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, o ex-ministro Walter Braga Netto, os deputados federais Eduardo Bolsonaro, Bia Kicis e Nikolas Ferreira, entre outros.
A estratégia inclui aumentar a visibilidade desses candidatos, mesmo sem ocuparem cargas públicas, por meio de agendas públicas e entrevistas à imprensa. Dessa forma, eles pretendem se manter em evidência.
Quanto à disputa presidencial, o PL planeja discutir com o PP e os republicanos um nome de consenso. Pesquisas feitas pelos partidos apontam o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, como favorito para substituir Bolsonaro. No entanto, Freitas expressou recentemente a sua preferência em concorrer à reeleição, em vez de disputar a Presidência.
De CNN Brasil.
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