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Economia

Tebet critica juros altos e diz que Brasil não pode arcar com um ‘Desenrola’ por ano

Nesta sexta-feira (14), a ministra do Planejamento, Simone Tebet, expressou críticas em relação à taxa de juros no Brasil, que atualmente se encontra em 13,75%, atribuindo-a como uma das causas do endividamento das famílias brasileiras.

Segundo a ministra, não basta implementar programas como o ‘Desenrola’ para aliviar a situação das pessoas, se os juros continuarem tão elevados. Ela afirmou que o país não pode se contentar com apenas um programa de alívio por ano, sendo necessário um espaço fiscal para investir em áreas essenciais como Saúde, Educação, obras de infraestrutura e demais necessidades prioritárias.

O programa “Desenrola Brasil”, criado pelo governo federal para a renegociação de dívidas, começará a operar já na próxima segunda-feira (17). A data foi antecipada pelo Ministério da Fazenda em uma portaria, publicada nesta sexta (14). Por enquanto, a renegociação vale apenas para a faixa 2 do programa, para pessoas com renda mensal de até R$ 20 mil. 

A ministra explicou que programas como o “Desenrola” são feitos de tempos em tempos dentro de uma determinada realidade.

“Ficarmos todos os anos abarcando essas pessoas e essa famílias porque não estamos conseguindo baixar os juros, que é a verdadeira causa, dentro de outras coisas, do endividamenteo das famílias brasileiras. Aí não tem razão”, completou Tebet.

Segundo o governo, também a partir de segunda-feira, os maiores bancos do país terão que “limpar o nome” de até 1,5 milhão de correntistas que têm dívidas inferiores a R$ 100. Esse processo tem que ser concluído até o próximo dia 28.

Desenrola Brasil

A medida não é um perdão de dívidas. O débito inferior a R$ 100 continuará existindo, mas os bancos se comprometem, pelo programa, a não usar essa dívida para inserir os correntistas no cadastro negativo.

De Globo.