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Visagismo possui mitos que precisam ser esclarecidos

O visagismo é apontado como uma ferramenta capaz de identificar a melhor imagem para cada pessoa. Mas há muita desinformação sobre está ciência e suas técnicas.

O visagismo é apontado como um grande diferencial para o profissional de imagem e beleza atual, já que possibilita “criar” a melhor imagem para o cliente. A técnica considera as estruturas faciais e corporais, o tom da pele, o tom de voz e muito mais, além da personalidade.

Na consultoria, o visagista verifica as características do indivíduo, além dos atributos da imagem, como o estilo, o corte do cabelo, os acessórios, o desenho das sobrancelhas/cílios, além dos procedimentos estéticos, se for o caso.

“A desinformação sobre o método leva para uma padronização estética, que vai contra um dos princípios do visagismo, que é captar a essência e a originalidade de cada pessoa”, consideram Robson Trindade, mestre e doutor em visagismo; e Tania Trindade, professora e mestre em consumo de imagem.

O Brasil tem o quarto maior mercado consumidor do mundo na área de salões de beleza. Estes estabelecimentos são o segundo setor com maior número de empresas ativas em todo o território nacional, com mais de 790 mil empreendimentos. Os dados são da plataforma Mapa de Empresas, do Ministério da Economia.

Os números atraem cada vez mais profissionais ávidos por novidades e tendências. Os Trindade, que têm longa experiência tanto na prática profissional quanto na vida acadêmica, explicam os três principais mitos envolvendo o visagismo:

Mito 1: Visagismo é só para corte de cabelo

“Não, também é para sobrancelhas, cílios, óculos, nariz, lábios, dentes, mandíbula, bochechas, orelhas, pescoço, ombros, seios etc.”, explica Robson. Ele esclarece que o cabelo é sim muito importante para a moldura do rosto. Mas, mesmo considerando apenas o cabelo, a consultoria em visagismo aborda muito mais que o corte: “avaliamos a cor, a textura, as finalizações, os penteados, o condicionamento, a hidratação, a flexibilidade, a estrutura e o brilho, por exemplo”.

O estudo trata a pessoa de uma forma integral. Podendo inserir também recomendação para fonoaudiologia, relação interpessoal ou mesmo bem-estar físico e mental. Por ser tão abrangente, o visagismo passou a atrair tanto profissionais, que desejam se aperfeiçoar no conhecimento da técnica, quanto clientes, que querem aproveitar mais esse recurso em benefício do visual.

 Mito 2: Basta uma consultoria para a vida toda

“Definitivamente, não. Simplesmente porque nós mudamos de visual muitas vezes, inclusive considerando as fases etárias e os ciclos de vida”, esclarece Tania. Segundo a profissional e professora, a cada nova fase há uma característica própria a ser ressaltada, uma ideia a ser transmitida, uma necessidade de uma nova imagem a ser mostrada. Por isso, a consultoria deve ser refeita a cada etapa da vida pessoal, social, profissional ou ainda midiática. O resultado pode ser diferente todas as vezes nos diversos cenários.

“As pessoas se transformam ao longo da vida. Além da idade, os amigos mudam, a rotina, os interesses… e o visagismo acompanha a evolução desta pessoa. A imagem sugerida pode até ser uma tendência, mas não é baseada em uma tendência e sim na personalidade de estilo daquela pessoa”, afirma a profissional.

Mito 3: Para cada formato de rosto existe um corte de cabelo

“Para cada rosto há um corte mais apropriado. O que não quer dizer que um estilo de corte seja o único ‘correto’ para um determinado tipo de rosto”, argumenta o profissional. Robson alega que a análise do visagismo é muito mais aprofundada. “Elaboramos o estudo a partir do desejo da pessoa, de acordo com o objetivo que ela pretende com a imagem, além das características dela. Revelar a beleza própria de alguém exige sensibilidade”.

O propósito do visagismo, de acordo com Robson Trindade, não é seguir padrões. E sim personalizar a imagem de cada cliente.