Presença feminina na área das Engenharias cresce e mulheres lutam por equidade no mercado de trabalho
Segundo o Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura (Confea), existem mais de 199 mil engenheiras registradas no Brasil. O número corresponde a 19,3% dos 1,03 milhão de engenheiros no país e vem crescendo ao longo dos anos, demonstrando que cada vez mais mulheres se interessam pela área que, por muito tempo, foi associada tradicionalmente aos homens.
A data 23 de junho marca o Dia Internacional das Mulheres na Engenharia, criado para fortalecer o espaço que as engenheiras vêm ganhando na profissão. A doutora em Engenharia Mecânica e coordenadora de cursos da UNINORTE, Ana Emilia Guedes, acompanha o aumento do interesse das mulheres por essa área.
“Embora ainda haja uma disparidade grande em termos de quantidade, as mulheres estão cada vez mais rompendo barreiras e conquistando seu espaço nesse campo tradicionalmente dominado por homens. Comparando com o início da minha carreira, percebo uma mudança positiva na mentalidade e nas oportunidades oferecidas a elas na Engenharia”, diz a professora.
Para Ana Emilia, hoje existem mais programas de incentivo, grupos de apoio e iniciativas para promover a diversidade de gênero na área. Uma das meninas que foi motivada é a acadêmica de Engenharia de Produção da UNINORTE, Isabelly Cristina. Ela cresceu cercada por familiares que atuam nas Engenharias.
“Grande parte da minha família trabalha nesse ramo. A certeza de que eu seguiria o mesmo caminho surgiu quando conheci minha cunhada. Ela fazia Engenharia de Produção e me apresentou o curso, os ramos e a prática dessa área. Após essa conversa, não demorou três dias para que eu estivesse matriculada”, conta a aluna.
Para Isabelly, a cunhada Bianca Moreira e as colegas de sala são fonte de inspiração diária. “A presença feminina na Engenharia, além de preencher meus próprios anseios e contribuir para o desenvolvimento do país, serve de inspiração para tantas outras mulheres e gerações na busca por seu espaço e na luta pelos seus sonhos”, diz.
Desafios
A aluna diz que ainda existe o preconceito e a desconfiança sobre a mulher não ser capaz de exercer a sua função com seriedade e qualidade. “Há a necessidade de nos provar não apenas aptas, mas ainda mais competentes que os nossos concorrentes do sexo masculino”, relata Isabelly.
Para a coordenadora da UNINORTE, esse preconceito se vence por meio da educação e incentivo. “É importante encorajar as meninas desde cedo a explorar o campo da ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM), assim como mostrar exemplos inspiradores de mulheres bem-sucedidas nessa área. Além disso, é essencial quebrar estereótipos de gênero e promover um ambiente inclusivo nas universidades e empresas, de forma que as mulheres se sintam valorizadas e encorajadas a desenvolver todo o seu potencial”, afirma Ana Emilia.
“Como coordenadora de um curso de Engenharia da UNINORTE, meu objetivo é incentivar e apoiar todas as estudantes, proporcionando um ambiente inclusivo para elas prosperarem e se tornarem líderes em suas áreas de atuação. Acredito que, juntas, podemos impulsionar a presença feminina na Engenharia e construir um futuro mais equitativo e inovador”, finaliza a engenheira.
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