Apesar da ofensiva do Governo Federal em Roraima, contra o garimpo ilegal em Terras Indígenas Yanomami, na região sudoeste do Pará a exploração ilegal de ouro continua acontecendo abertamente, apesar do cerco a essa atividade. Isso porque uma vez fechados pela polícia paraense, eles reabrem novamente em pouco tempo. “Parece que estamos enxugando gelo”, diz um fiscal ambiental.
Muitas dificuldades
A principal dificuldade que poder público encontra para combater o garimpo ilegal é o apoio de cidadãos, empresários e autoridades dos municípios, cuja economia gira em torno do dinheiro da exploral mineral. Ouvidos pelo UOL, políticos e empresários locais argumentam que o garimpo é fundamental para a economia das cidades. Os governos federal e estadual dizem ter planos para gerar fontes alternativas de emprego e renda, mas até o momento as medidas não foram implementadas.
Além do tamanho da área – maior que o estado de Santa Catarina – as autoridades enfrentam também o fato de que, com o lucro da mineração ilegal, donos de garimpo podem repor rapidamente máquinas e veículos destruídos nas operações de fiscalização
Fechados e reabertos
Em menos de três meses, 29 garimpos foram fechados pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) só no sudoeste paraense. Em todo o ano passado, foram 67 locais desativados na região. Há mais de um mês, o governo estadual mantém uma operação permanente contra o garimpo e o desmatamento. Segundo os fiscais ambientais, até os garimpos que foram fechados neste ano podem ser novamente ocupados em breve, por falta de proteção às áreas liberadas
Projetos
Em fevereiro, o Ministério da Justiça lançou o plano Amas (Amazônia Mais Segura), que prevê apoio aos estados para aprimorar a fiscalização e a prevenção aos crimes. O projeto, porém, ainda está na fase de discussões. O governo do Pará informou que está implantando um plano de bioeconomia, que pretende “gerar uma nova matriz socioeconômica no estado”, e um plano de restauração florestal, para dar “outras opções de renda para aqueles que tiravam o seu sustento de atividades ilegais”.
Com informações do Portal ÚNICO.
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