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Sema participa de oficina para discutir criação de Mosaico de Áreas Protegidas na BR-319

Mosaico tem o objetivo de viabilizar gestão integrada de Unidades de Conservação e mitigar impactos ambientais

Mosaico tem o objetivo de viabilizar gestão integrada de Unidades de Conservação e mitigar impactos ambientais

A Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) participou, nesta segunda e terça-feira (06 e 07/03), de uma oficina para discutir a respeito da criação de um mosaico de áreas protegidas na zona de influência da rodovia BR-319. A iniciativa, promovida pela Wildlife Conservation Society (WCS), reuniu órgãos gestores, organizações da sociedade civil e lideranças comunitárias, na Câmara Municipal de Manicoré (a 332 quilômetros de Manaus).


Ao todo, 27 Unidades de Conservação (UC) circundam a zona de influência da BR-319, sendo 11 áreas federais, nove estaduais do Amazonas e sete de Rondônia. A área também é composta por Terras Indígenas (TI) de etnias como Mura, Mundukuru, Apurinã, Paumari e Parintintin. Os territórios foram criados como parte da estratégia de mitigação dos potenciais impactos ambientais da rodovia.

A proposta de criação de um mosaico de áreas protegidas na região do interflúvio Purus-Madeira inclui seis UC e duas TI, como uma área piloto, e visa atingir os objetivos de conservação da região, além de atuar como instrumento de gestão integrada e participativa da área, segundo explica o diretor de Conservação da WCS Brasil, Marcos Amend.

“A gestão integrada é importante para ganharmos eficiência na atuação. Assim as unidades de conservação podem fazer um planejamento conjunto, integrando esforços e criando estratégias coletivas de maior impacto. Desta forma, é possível atingir objetivos de forma mais ampla, além de ter mais capacidade de identificar demandas para captação de recursos, para potencializar estratégias de conservação do território”, destacou.

“É importante ressaltar que a nossa proposta não envolve a criação de novas áreas protegidas, mas sim um importante trabalho de consolidação das áreas já existentes. Durante a oficina, os participantes avançaram com a proposta, que ganhou o nome de Mosaico de Áreas Protegidas do Baixo Rio Madeira”, pontuou o consultor da WCS Brasil, Marcos Pinheiro. 

A gestora da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Igapó-Açu e do Parque Estadual Matupiri, Ádilla Mattos, esteve entre os representantes da Sema presentes na oficina. Segundo ela, a criação de um Mosaico tende a fortalecer a gestão das áreas protegidas ao redor da rodovia. 

“É de extrema importância termos um espaço de atuação conjunta, para debatermos os eixos que as UC e TI têm em comum, para que exista uma governança integrada entre as áreas protegidas e, assim, buscarmos soluções em conjunto para os desafios de conservação da área. Isso, sem dúvidas, vai potencializar os benefícios ambientais e também para os comunitários moradores da região”, ressaltou.

Pela Sema, também participaram do encontro a gestora da RDS do Rio Madeira, Amanda Gomes, e o gestor da RDS Rio Amapá, Rosivan Moura. Estiveram presentes, ainda, representantes de órgãos gestores de áreas protegidas federais, como o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), além de lideranças sociais.

O encontro irá resultar em um documento a ser enviado para o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, com pedido de reconhecimento do Mosaico de Áreas Protegidas do Baixo Rio Madeira. A iniciativa é liderada pela WCS Brasil, com financiamento da Fundação Segré e Fundação Mitsubishi Corporation para as Américas.