atuais são provavelmente as mais quentes em mais de 100.000 anos.
“A vida no planeta Terra se encontra em estado de sítio”, alertou um grupo de cientistas renomados no final de outubro em um relatório que denunciou o “progresso mínimo” na redução das emissões de CO2.
‘El Niño’
Assim como aconteceu em 2016, até o momento o ano mais quente já registrado, o ‘El Niño’ se une aos efeitos da mudança climática para elevar a temperatura. O fenômeno cíclico no Pacífico geralmente atinge o pico na época do Natal.
O observatório Copernicus destacou que o fenômeno segue ativo, “embora as anomalias sejam inferiores às registradas neste período do ano” em 1997 e 2015, quando o ‘El Niño’ foi historicamente intenso.
Em outubro, a seca afetou regiões dos Estados Unidos e México, mas outras áreas do planeta registraram condições mais úmidas que o habitual, geralmente vinculadas a tempestades e ciclones.
Os oceanos contribuem em grande medida para os recordes. As temperaturas na superfície dos mares registram recordes todos os meses desde abril. Em outubro alcançaram a média de 20,79ºC.
Isto aumenta a intensidade das tempestades, com mais água evaporada, e acelera o degelo de plataformas flutuantes como a Gronelândia e a Antártica, cruciais para evitar o aumento do nível do mar.
O gelo marinho da Antártica permanece pelo sexto mês consecutivo em um nível recorde para a temporada, 11% abaixo da média, segundo o Copernicus. No Ártico, outubro foi o sétimo mês consecutivo, 12% abaixo da média.
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